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URBANISMO
Serra enviará proposta ao Ministério da Defesa para construir parque no local, que, segundo a prefeitura, está ocioso
SP pede "meio Ibirapuera" no Campo de Marte
LUÍSA BRITO
DA REPORTAGEM LOCAL
A cidade de São Paulo pode ganhar um novo espaço de lazer na
zona norte. A prefeitura já elaborou uma proposta para transformar em parque uma parte do
Campo de Marte e deve entregar
o texto para o Ministério da Defesa, responsável pela área.
O prefeito José Serra (PSDB)
disse esperar um entendimento
com o ministério até o mês de janeiro. A idéia da prefeitura é utilizar 500 mil metros quadrados da
área -o terreno representa quase
metade do Ibirapuera, que possui
1,1 milhão de metros quadrados.
O campo tem um total de 2,1 milhões de metros quadrados, segundo o município.
De acordo com a diretora de
meio ambiente e paisagem urbana da Emurb (Empresa Municipal de Urbanização), Regina
Monteiro, a área escolhida está
ociosa. "Cerca de 60% dessa área
tem vegetação e poderia ser usada
como local de drenagem da chuva
na cidade", afirmou. Segundo ela,
na outra parte a prefeitura deve
construir um parque temático de
aviação que pode ter parcerias
com a iniciativa privada.
Para Monteiro, se o ministério
liberar o uso da área no próximo
mês, até o meio do ano o local pode ser aberto à visitação pública.
Por enquanto, não há estimativa
de quanto custará o parque.
Originalmente paulistano, o local passou às mãos da União durante a Revolução Constitucionalista de 1932 e, desde 1958, vem
sendo disputado na Justiça pelos
governos municipal e federal.
Segundo Monteiro, o parque
não vai interferir na estrutura que
órgãos ligados ao Ministério da
Defesa possuem no local.
Conforme dados da prefeitura,
no Campo de Marte são feitos
8.000 pousos e decolagens de
aviões de pequeno porte e 6.000
de helicópteros mensalmente. O
município não quer acabar com a
área por entender que é essencial
ao chamado turismo de negócios.
Procurada para falar sobre a
questão, a Aeronáutica disse que
o assunto estava sendo tratado
pelo Ministério da Defesa. O ministério e a Infraero -que administra o Campo de Marte- não
responderam à reportagem.
Prodam
Serra disse ontem que, com a
saída da Prodam (Companhia de
Processamento de Dados do Município de São Paulo) do Ibirapuera, a prefeitura pretende ampliar a área destinada a museus no
parque. Ele quer levar para o local
o Museu de Arte Contemporânea
da USP e parte do acervo da pinacoteca municipal.
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