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Padre Júlio receberá prêmio por apoio a direitos humanos
Padre que protagonizou escândalo em outubro venceu na categoria "enfrentamento à pobreza"; prêmio será entregue em Brasília na próxima terça-feira
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O padre Júlio Lancelotti, 64,
que acusou um ex-detento de
extorqui-lo, vai receber um
prêmio da Secretaria Especial
dos Direitos Humanos (SEDH)
da Presidência da República.
A categoria em que Lancelotti venceu foi a de "enfrentamento à pobreza", por conta do
trabalho do padre com os moradores de rua de São Paulo.
O prêmio será entregue na
próxima terça-feira, em Brasília. A assessoria de imprensa da
SEDH não soube dizer se o padre já confirmou presença no
Palácio do Planalto.
Lancelotti acusou, em outubro, o ex-interno da Febem Anderson Batista de extorqui-lo
há pelo menos três anos -o que
a polícia diz ter confirmado. O
padre, então, foi acusado de ter
seduzido menores de idade -o
que ele nega.
A reportagem tentou entrar
em contato com Lancelotti,
mas ele não foi encontrado.
A assessoria de imprensa disse que não encontrou o ministro Paulo Vannuchi para que
ele comentasse a premiação.
Em um evento na segunda-feira, em Brasília, o ministro disse
que o prêmio é um reconhecimento a Lancelotti e que o padre está passando por um "linchamento." Vannuchi fez parte
da comissão de julgamento do
prêmio.
Segundo a SEDH, os candidatos aos prêmios podiam se
inscrever para concorrer ou ter
o nome indicado por terceiros.
A assessoria de imprensa da secretaria diz que o padre não se
inscreveu, mas não quis dizer
quem o indicou.
Concorrência
O órgão também não disse
contra quem Lancelotti concorreu. Todos os 20 vencedores
vão ganhar um certificado e
uma obra do artista plástico Siron Franco. A categoria em que
o padre venceu é apenas uma
das dez em julgamento. Cada
uma delas premia uma pessoa
física e uma jurídica.
Além de Lancelotti, uma organização chamada "Obras Sociais Nossa Senhora do Morro",
de Minas Gerais, também vai
receber o prêmio de "enfrentamento à pobreza".
Um dos vencedores na categoria "Dorothy Stang", que premia "defensores de direitos humanos", é o ex-ministro da Justiça José Gregori, atual presidente da Comissão Municipal
de Direitos Humanos de São
Paulo.
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