São Paulo, segunda-feira, 08 de dezembro de 2008

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Polícia apura extorsão em morte de executivo

Segundo familiares, diretor do Friboi, morto na última quinta, era ameaçado

A polícia, no entanto, ainda não sabe explicar o que motivou o assassinato do executivo; roubo seguido de morte é uma das teses

LUIS KAWAGUTI
DA REPORTAGEM LOCAL

Um das hipóteses investigadas pela polícia para esclarecer o assassinato do diretor-executivo do frigorífico JBS Friboi, Humberto de Campos Magalhães, 43, é que ele estaria sofrendo uma extorsão. Familiares da vítima disseram informalmente à polícia que ele recebia ameaças.
Magalhães saiu de carro de seu apartamento na Vila Leopoldina (zona oeste de São Paulo) por volta de 20h45 da última quinta-feira. Cerca de 40 minutos depois, foi à casa de um aposentado que não conhecia, na rua Alfenas, e perguntou a ele se havia uma criança chorando na casa.
Confuso, o aposentado disse que não. Magalhães entrou no carro e andou alguns metros até ser abordado por um motoqueiro, com quem conversou e que, instantes depois, o baleou.
Uma das teorias da polícia é que um criminoso pode ter mandado o executivo até um endereço para fazer o pagamento de uma extorsão. Ele deveria dizer uma espécie de senha -no caso, perguntar se uma criança chorava na casa.
Como o aposentado não tem ligação com os criminosos, a polícia acredita que Magalhães foi submetido a um teste, para que a quadrilha tivesse certeza de que ele não estava acompanhado por policiais.
Em tese, se estivesse com policiais, eles invadiriam a casa para prender os criminosos quando alguém atendesse a porta.
Ao ver que o executivo estava sozinho, o criminoso, acreditam os policiais, chegou de moto. Magalhães pode ou não ter entregue a ele um pagamento. O que a polícia ainda não sabe explicar é por que ele foi morto.
Além dessa hipótese, a polícia não descartou outras linhas, como a de roubo seguido de morte. Por isso, criminosos que agem na região estão sendo investigados. A polícia também avalia uma informação passada pela família da vítima de que ela estava sofrendo ameaças. A polícia deve pedir a quebra do sigilo telefônico do executivo.




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