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Polícia apura extorsão em morte de executivo
Segundo familiares, diretor do Friboi, morto na última quinta, era ameaçado
A polícia, no entanto, ainda não sabe explicar o que motivou o assassinato do executivo; roubo seguido de morte é uma das teses
LUIS KAWAGUTI
DA REPORTAGEM LOCAL
Um das hipóteses investigadas pela polícia para esclarecer
o assassinato do diretor-executivo do frigorífico JBS Friboi,
Humberto de Campos Magalhães, 43, é que ele estaria sofrendo uma extorsão. Familiares da vítima disseram informalmente à polícia que ele recebia ameaças.
Magalhães saiu de carro de
seu apartamento na Vila Leopoldina (zona oeste de São Paulo) por volta de 20h45 da última quinta-feira. Cerca de 40
minutos depois, foi à casa de
um aposentado que não conhecia, na rua Alfenas, e perguntou
a ele se havia uma criança chorando na casa.
Confuso, o aposentado disse
que não. Magalhães entrou no
carro e andou alguns metros
até ser abordado por um motoqueiro, com quem conversou e
que, instantes depois, o baleou.
Uma das teorias da polícia é
que um criminoso pode ter
mandado o executivo até um
endereço para fazer o pagamento de uma extorsão. Ele deveria dizer uma espécie de senha -no caso, perguntar se
uma criança chorava na casa.
Como o aposentado não tem
ligação com os criminosos, a
polícia acredita que Magalhães
foi submetido a um teste, para
que a quadrilha tivesse certeza
de que ele não estava acompanhado por policiais.
Em tese, se estivesse com policiais, eles invadiriam a casa
para prender os criminosos
quando alguém atendesse a
porta.
Ao ver que o executivo estava
sozinho, o criminoso, acreditam os policiais, chegou de moto. Magalhães pode ou não ter
entregue a ele um pagamento.
O que a polícia ainda não sabe
explicar é por que ele foi morto.
Além dessa hipótese, a polícia não descartou outras linhas,
como a de roubo seguido de
morte. Por isso, criminosos que
agem na região estão sendo investigados. A polícia também
avalia uma informação passada
pela família da vítima de que
ela estava sofrendo ameaças. A
polícia deve pedir a quebra do
sigilo telefônico do executivo.
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