|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Kassab gastará parte do IPTU extra com propaganda
Base governista aumenta previsão de gasto com publicidade de R$ 105 milhões para R$ 126 milhões para o próximo ano
Valor da nova proposta é recorde e cresceu numa proporção bem maior do que o bolo geral do Orçamento do ano que vem
MARIANA BARROS
DA REPORTAGEM LOCAL
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), vai usar
parte do dinheiro extra obtido
com o aumento do IPTU no
ano que vem para turbinar seus
gastos com propaganda.
A base de apoio do prefeito
na Câmara Municipal, com o
relator Milton Leite (DEM) à
frente, já redefiniu o Orçamento de 2010, contando agora com
os mais de R$ 600 milhões de
arrecadação extra por causa do
aumento do imposto.
O valor que constava no Orçamento original para propaganda em 2010, R$ 105 milhões
-uma quantia recorde no que
se refere a gastos em publicidade em SP-, foi aumentando
agora para R$ 126 milhões.
Os gastos da prefeitura com
propaganda já vêm numa escalada neste ano. A previsão inicial era gastar R$ 31 milhões,
mas Kassab aumentou a verba
da área e deve desembolsar até
o fim do ano R$ 90 milhões.
A Câmara quer aprovar hoje,
em primeira votação, a proposta de Orçamento de 2010, cujo
valor total passou de R$ 28,1 bilhões para R$ 28,8 bilhões com
a inclusão das receitas extras.
Para a base aliada, os gastos
com propaganda - que aumentaram numa proporção bem
maior do que o bolo geral do
Orçamento- são necessários
para fazer campanhas que informem a população, como as
de combate à dengue ou as de
alertas contra enchentes.
Divisão do bolo
A proposta apresentada por
Milton Leite também direciona
parte dos recursos extras que
virão com o aumento do IPTU
para as subprefeituras.
O pleito dos vereadores era
que o arrecadado com o imposto fosse usado para tapar buracos de ruas, podar árvores e
melhorar a iluminação pública.
A estratégia é diminuir o desgaste do prefeito e do próprio
Legislativo que aprovou o aumento: o contribuinte pagará
mais para, em tese, ter uma cidade mais bem cuidada.
O aumento do Orçamento
das subprefeituras, tradicionais redutos dos parlamentares, acontece em um ano em
que boa parte dos vereadores
tentará se eleger deputado.
A peça também prevê a aquisição do prédio do hotel Othon,
no centro, por R$ 25 milhões,
para abrigar secretarias que hoje precisam pagar aluguel.
Texto Anterior: Virginie Aiach Naufal: Um reencontro vivido no Brasil da rendeira libanesa Próximo Texto: Foco: Rio terá "lixômetros" para mostrar sujeita recolhida em cada região da cidade Índice
|