São Paulo, terça-feira, 09 de janeiro de 2007

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Outro lado

Secretário não se manifesta; polícia apura denúncias, afirma delegado-geral

DA REPORTAGEM LOCAL

O secretário da Segurança Pública, Ronaldo Augusto Bretas Marzagão, foi procurado pela Folha para tratar da existência de caça-níqueis em locais vizinhos aos distritos policiais na sexta-feira e ontem, mas ele não se manifestou.
Designado por Marzagão para se pronunciar, o delegado-geral da Polícia Civil, Mário Jordão Toledo Leme, por meio de nota oficial, afirmou que "a lei 12.519/07, promulgada em 2 de janeiro de 2007, ainda depende de regulamentação, que deverá esclarecer a que órgão compete a fiscalização e as sanções a quem descumpri-la."
Segundo Leme, "sempre que recebe denúncias sobre jogos de azar, a Polícia Civil realiza investigações, blitze, e, eventualmente, prisões em flagrante, além de abrir inquérito para apurar responsabilidades."
Sobre a possível participação de policiais na exploração dos caça-níqueis, Leme informou: "eventuais desvios de conduta de policiais são sempre levados à Corregedoria, que apura as denúncias e abre procedimentos administrativos".
Mesmo depois de ser questionado pela reportagem por escrito, o delegado-geral não respondeu, no entanto, qual deve ser a atitude de um policial ao se deparar com uma máquina de caça-níquel.
O ex-secretário adjunto da pasta, Marcelo Martins de Oliveira, afirmou, em 21 de dezembro, que a exploração dos caça-níqueis estava proibida em todo o Estado.
"A polícia apura e investiga mediante denúncia ou conhecimento, mas a fiscalização não é da competência policial", disse na ocasião.
Ele garantiu que as denúncias da Folha seriam investigadas, mas isso não ocorreu, pois a maioria dos locais apontados ainda explora o jogo. (AC)


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