São Paulo, sexta-feira, 09 de janeiro de 2009

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FAUSTO AUGUSTO BATTISTETE (1930-2009)

Fausto Canova, uma voz da Era do Rádio

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Fausto Canova tinha os dois quesitos fundamentais de um bom apresentador, conta Zuza Homem de Mello, amigo do radialista, historiador e crítico de música.
Primeiro: possuía profundo conhecimento musical. Segundo: tinha uma bela voz.
O vozeirão de Fausto Augusto Battistete contribuiu, inclusive, para seu casamento com a mulher com quem viveu boa parte da vida. Sônia era fã de seus programas -e, ambos, de Dick Farney.
Como ela tinha um amigo na mesma emissora de Fausto, conseguiu o contato do radialista, conheceram-se e passaram a namorar.
"Grande nome da Era do Rádio dos anos 50 e 60", como o descreve Homem de Mello, Fausto passou pelas rádios Excelsior, Bandeirantes, Jovem Pan e Cultura.
Fanático por música americana e música instrumental brasileira, arriscou-se como crooner, mas não levou adiante. O nome Canova, da família da mãe, ele adotou apenas profissionalmente.
Sozinho em SP e com suspeita de Alzheimer, mudou-se para Avaré há um mês, levado pelo sobrinho -não teve filhos. Natural de Marília (SP), "gostava mesmo era de SP", conta a sobrinha. Tinha tantos discos em casa que era obrigado a vender alguns para conseguir guardar todos.
Viúvo havia cerca de quatro anos, Fausto morreu no sábado, aos 78, em Avaré, após sofrer uma parada cardíaca. A missa de sétimo dia será hoje, às 18h30, na igreja do Colégio Assunção, em SP.
obituario@grupofolha.com.br


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