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FAUSTO AUGUSTO BATTISTETE (1930-2009)
Fausto Canova, uma voz da Era do Rádio
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Fausto Canova tinha os
dois quesitos fundamentais
de um bom apresentador,
conta Zuza Homem de Mello, amigo do radialista, historiador e crítico de música.
Primeiro: possuía profundo conhecimento musical.
Segundo: tinha uma bela voz.
O vozeirão de Fausto Augusto Battistete contribuiu,
inclusive, para seu casamento com a mulher com quem
viveu boa parte da vida. Sônia era fã de seus programas
-e, ambos, de Dick Farney.
Como ela tinha um amigo
na mesma emissora de Fausto, conseguiu o contato do
radialista, conheceram-se e
passaram a namorar.
"Grande nome da Era do
Rádio dos anos 50 e 60", como o descreve Homem de
Mello, Fausto passou pelas
rádios Excelsior, Bandeirantes, Jovem Pan e Cultura.
Fanático por música americana e música instrumental brasileira, arriscou-se como crooner, mas não levou
adiante. O nome Canova, da
família da mãe, ele adotou
apenas profissionalmente.
Sozinho em SP e com suspeita de Alzheimer, mudou-se para Avaré há um mês, levado pelo sobrinho -não teve filhos. Natural de Marília
(SP), "gostava mesmo era de
SP", conta a sobrinha. Tinha
tantos discos em casa que era
obrigado a vender alguns para conseguir guardar todos.
Viúvo havia cerca de quatro anos, Fausto morreu no
sábado, aos 78, em Avaré,
após sofrer uma parada cardíaca. A missa de sétimo dia
será hoje, às 18h30, na igreja
do Colégio Assunção, em SP.
obituario@grupofolha.com.br
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