São Paulo, domingo, 09 de janeiro de 2011

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"Só rico" diz que não faz "farofa", e sim "cuscuz"

Pessoal da praia critica "ostentação" em Jurerê

DA ENVIADA A FLORIANÓPOLIS

"É um cuscuz marroquino, não uma farofa", diz o advogado Gustavo Nadalin, 32, negando o título de "farofeiro" dado pelos "super-ricos" e bebendo champanhe Chandon em taças de acrílico em Jurerê Internacional.
Morador de Curitiba, ele e a mulher passam férias no apartamento da família no balneário e dizem gostar mais de aproveitar a praia do que ir aos bares e clubes.
A farofa chique, para ele, contrasta com o exibicionismo dos "super-ricos".
"Tem que ter bombinha na garrafa de champanhe [alguns lugares colocam velas que soltam faíscas nas garrafas]. Simboliza o dinheiro deles sendo queimado", diz.
"Nós somos de uma família de classe média alta, mas somos "low profile". Tem gente que está tão bem como eles mas não está se exibindo", afirma a mulher dele, a empresária Ângela Nadalin, 38.
Para o casal Edson Luiz, 34, advogado, e Eliane Luiz, 36, juíza, há muito exibicionismo entre os "super-ricos".
"Rola competição de quem pede mais champanhe, eles abrem e jogam tudo fora, para o alto. Onde está a farofa?", pergunta Edson, que bebia champanhe Veuve Clicquot. "Gostamos de apreciar a bebida", diz Eliane.
Champanhe é a bebida mais característica da Jurerê Internacional, mas muitas pessoas levam também água, comida, refrigerante e cerveja em seus isopores.
Dizem que o fazem por costume e para evitar os preços salgados da praia.
"Já vi gente sentando nas cadeiras do P12 e comprando coisa em ambulante porque é mais barato", diz a engenheira Danielle Alves, 27. "É só para ostentar", afirma ela.
Mesmo os sem isopor também têm sua chance de curtir espumante -ou de "farofar"- em Jurerê.
Desde o ano passado, pequenas garrafas de Miolo Terranova são vendidas na praia, em carrinhos de sorveteiro, a R$ 10. Acompanham duas tacinhas de plástico. (LUIZA BANDEIRA)


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