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Hotéis para cão têm lista de espera nas férias
Com regras rígidas, diária chega a R$ 90
VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
DE SÃO PAULO
O dia de cão não é tão difícil assim para o golden retriever Brownie, de 1 ano e meio.
Nas férias dos donos, ele
também fica de patas para o
ar num hotel com serviços e
paparicos de creche concebido só para a cachorrada.
A procura pela hospedagem de animais nessa época
do ano é tanta que muitos canis têm lista de espera.
E, como nos acampamentos de crianças, as regras são
rígidas. Primeiro, só entram
os animais sociáveis e sem
histórico de ataques a pessoas ou a outros cães.
"Todos passam por uma
avaliação de comportamento
e de saúde", diz a tratadora
Karine Yoshimori, dona da
creche e hotel Dogplace.
Aberta há um mês, já tem 40
cachorros matriculados.
Em 860 m2, o hotel, nos
Jardins e a duas quadras do
parque Ibirapuera, aonde os
cães vão passear diariamente, tem piscina, playground,
pilates, massagem, acupuntura e até hidroginástica.
Além, claro, de refeitório e
sala de descanso.
Machos, só castrados. Fêmeas não podem estar no cio.
E, além da vacinação em dia,
os animais têm de estar livres
de vermes e de pulgas. Alguns hotéis exigem até exame de fezes do bicho e comprovante de residência do
dono, para evitar abandono.
Ainda assim, muitos hotéis caninos exigem que os
bichos passem por um processo de adaptação para não
sentirem falta do dono e, com
isso, deixarem de comer e até
adoecerem de solidão.
"Os que forem reprovados
na avaliação para a hospedagem podem vir para o serviço
de "dog sitter". Passam o dia,
se exercitam e dormem em
casa", diz a veterinária acupunturista Marta Carmello.
Com diárias que chegam a
R$ 90, a hospedagem canina
sai bem perto do preço de hotéis da avenida Paulista.
"Fico em pousadas mais
baratas para poder pagar o
hotel do Sheik", diz o médico
Frederico de Andrada.
FOLHA.com
O dia dos cães no hotel
folha.com/ct853008
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