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Em ano eleitoral, Kassab cobra união da equipe
Prefeito reuniu secretariado e cobrou coesão para que as inaugurações programadas sejam cumpridas
Raimundo Paccó/Folha Imagem
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Gilberto Kassab se reuniu ontem com os secretários municipais na Prefeitura de São Paulo |
JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
DA REPORTAGEM LOCAL
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), reuniu
todo o primeiro escalão ontem
para cobrar coesão da equipe
de governo no cumprimento
das metas de inaugurações de
obras e programas que estabeleceu para este ano, o último da
atual gestão, em que pretende
tentar a reeleição ao cargo.
Como a Folha revelou em janeiro, até o fim de março Kassab espera inaugurar pelo menos 80 obras, incluindo 58
AMAs (centros de assistência
médica e ambulatorial), sete
CEUs (centros educacionais
unificados), canalização de córregos e urbanização de favelas.
O Orçamento de 2008, estimado em R$ 25,3 bilhões, reservou para investimentos o
valor recorde de R$ 3,7 bilhões.
"É evidente que, por ser o último ano de gestão, temos obrigação de ratificar nossas metas
e procurar identificar caminhos para que todas elas sejam
atendidas", disse Kassab.
Ainda diante do secretariado
e de jornalistas, o prefeito tratou a agenda como administrativa, e não política. "Vai ficar a
impressão de que é uma reunião de caráter eleitoral, e não
é", disse. Já a portas fechadas,
Kassab passou a maior parte do
tempo calado, ouvindo a explanação feita pelo secretário do
Governo, Clóvis Carvalho.
Em cerca de três horas e
meia, Carvalho fez uma apresentação dos programas e projetos de cada secretaria, com
destaque para as de Saúde e de
Educação, sempre citadas como prioritárias pelo prefeito.
"Nesses dois temas, temos
muito a apresentar", referendou Kassab. Em seguida, listou
os projetos e o cronograma
previsto de inaugurações, com
que Kassab pretende sustentar
sua candidatura em outubro.
O prefeito aproveitou a reunião para confirmar o vereador
José Police Neto (PSDB), o Netinho, como líder do governo
na Câmara por mais um ano.
A manutenção do PSDB à
frente da coordenação política
é mais uma mostra de que Kassab pretende atrair vereadores
tucanos e minar a pré-candidatura do ex-governador Geraldo
Alckmin (PSDB) à prefeitura.
A tarefa é considerada complicada por tucanos mais próximos a Kassab porque, sem a
cabeça-de-chapa, o PSDB tenderia a ter menos votos nas
eleições legislativas, perdendo
parte das 12 cadeiras na Casa.
Em conversa com Netinho,
Kassab adiantou que pretende
encaminhar nas próximas semanas à Câmara projetos que
vão reajustar salários e benefícios ao funcionalismo, corrente
mais ligada ao PT.
O gasto da prefeitura com a
folha de salários vai crescer
16%, de R$ 6,359 bilhões para
R$ 7,371 bilhões -boa parte reservada para o pessoal ligado à
área da saúde.
Demolições
Na reunião, o secretário das
Subprefeituras, Andrea Matarazzo, disse que as demolições
dos edifícios São Vito e Mercúrio e do viaduto Diário Popular
devem ocorrer neste ano, com a
reurbanização do Parque Dom
Pedro (região central).
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