São Paulo, sábado, 09 de fevereiro de 2008

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Em ano eleitoral, Kassab cobra união da equipe

Prefeito reuniu secretariado e cobrou coesão para que as inaugurações programadas sejam cumpridas

Raimundo Paccó/Folha Imagem
Gilberto Kassab se reuniu ontem com os secretários municipais na Prefeitura de São Paulo


JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
DA REPORTAGEM LOCAL

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), reuniu todo o primeiro escalão ontem para cobrar coesão da equipe de governo no cumprimento das metas de inaugurações de obras e programas que estabeleceu para este ano, o último da atual gestão, em que pretende tentar a reeleição ao cargo.
Como a Folha revelou em janeiro, até o fim de março Kassab espera inaugurar pelo menos 80 obras, incluindo 58 AMAs (centros de assistência médica e ambulatorial), sete CEUs (centros educacionais unificados), canalização de córregos e urbanização de favelas.
O Orçamento de 2008, estimado em R$ 25,3 bilhões, reservou para investimentos o valor recorde de R$ 3,7 bilhões.
"É evidente que, por ser o último ano de gestão, temos obrigação de ratificar nossas metas e procurar identificar caminhos para que todas elas sejam atendidas", disse Kassab.
Ainda diante do secretariado e de jornalistas, o prefeito tratou a agenda como administrativa, e não política. "Vai ficar a impressão de que é uma reunião de caráter eleitoral, e não é", disse. Já a portas fechadas, Kassab passou a maior parte do tempo calado, ouvindo a explanação feita pelo secretário do Governo, Clóvis Carvalho.
Em cerca de três horas e meia, Carvalho fez uma apresentação dos programas e projetos de cada secretaria, com destaque para as de Saúde e de Educação, sempre citadas como prioritárias pelo prefeito. "Nesses dois temas, temos muito a apresentar", referendou Kassab. Em seguida, listou os projetos e o cronograma previsto de inaugurações, com que Kassab pretende sustentar sua candidatura em outubro.
O prefeito aproveitou a reunião para confirmar o vereador José Police Neto (PSDB), o Netinho, como líder do governo na Câmara por mais um ano.
A manutenção do PSDB à frente da coordenação política é mais uma mostra de que Kassab pretende atrair vereadores tucanos e minar a pré-candidatura do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) à prefeitura.
A tarefa é considerada complicada por tucanos mais próximos a Kassab porque, sem a cabeça-de-chapa, o PSDB tenderia a ter menos votos nas eleições legislativas, perdendo parte das 12 cadeiras na Casa.
Em conversa com Netinho, Kassab adiantou que pretende encaminhar nas próximas semanas à Câmara projetos que vão reajustar salários e benefícios ao funcionalismo, corrente mais ligada ao PT.
O gasto da prefeitura com a folha de salários vai crescer 16%, de R$ 6,359 bilhões para R$ 7,371 bilhões -boa parte reservada para o pessoal ligado à área da saúde.

Demolições
Na reunião, o secretário das Subprefeituras, Andrea Matarazzo, disse que as demolições dos edifícios São Vito e Mercúrio e do viaduto Diário Popular devem ocorrer neste ano, com a reurbanização do Parque Dom Pedro (região central).


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