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Colégio não sabe como calcular trabalho em casa
DA REPORTAGEM LOCAL
Escolas particulares dizem
que, como as mudanças são recentes, ainda não houve tempo
para criar um mecanismo justo
para remunerar o trabalho exigido pelas novas ferramentas.
"É algo absolutamente complexo porque não existe legislação para isso", diz Luis Antonio
Laurelli, diretor-geral do Pueri
Domus. "Como mensurar o número de horas que o professor
pode dedicar na sua casa?"
A diretora do colégio Rio
Branco, Esther Carvalho, concorda. "A situação está confusa.
Se o professor escreve uma aula, por que não prepara um vídeo?", diz a diretora. "Mas nada
impede que conversemos sobre
mudanças [de remuneração]."
Para Arthur Fonseca Filho,
presidente do Conselho Estadual de Educação e dono da escola Uirapuru, em Sorocaba, a
solução seria pensar em um
contrato que levasse em conta
o tempo que os professores
passam atendendo e o número
de alunos atendidos. "Não é como uma hora-aula. Os referenciais são outros, devem variar
conforme o projeto."
Mas há colégios que pensam
diferente. O Bandeirantes, que
tem um departamento só para
cuidar das atividades virtuais,
diz que não é necessário pagar
hora extra para o professor que
responde dúvidas por e-mail ou
disponibiliza aulas nas plataformas virtuais do colégio.
"Antes o professor preparava
a aula e colocava a matéria na
lousa. Hoje, ele faz no Power
Point e coloca na sala virtual.
Isso não tem que ser remunerado", diz Mauro Aguiar, diretor presidente da escola. "O
professor precisa é ser bem remunerado e receber recursos
para usar as novas tecnologias."
No colégio, as atividades virtuais são uma espécie de continuidade do conteúdo passado
em sala de aula. E, para isso, os
professores recebem treinamentos constantes, diz Mario
Abbondati, coordenador de
tecnologias educacionais do
Bandeirantes.
"Os professores sabem que
esses ambientes colaborativos
auxiliam no aprendizado e que,
sem eles, estariam limitando o
aprendizado apenas para a sala
de aula."
(FT e TB)
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