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SAÚDE
Estratégia de intensificar ações de planejamento familiar neste ano inclui também presidiários e internos da Febem
Distribuição de preservativo crescerá 15,7%
GABRIELA ATHIAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo federal quer aumentar a distribuição de preservativos
neste ano em 15,74% em relação
ao ano passado como parte de
uma estratégia de intensificar
ações de planejamento familiar. O
programa também vai incluir
presidiários e internos das unidades da Febem de todo o país.
Em 2003, o governo distribuiu
259,2 milhões de preservativos
-256,7 milhões masculinos e 2,5
milhões femininos. Neste ano,
distribuirá 300 milhões de unidades. Os chamados "kits de contraceptivos"-pacotes que contêm
além de preservativos femininos e
masculinos, anticoncepcional injetável e DIU (dispositivo intra-uterino) serão distribuídos para
todos os municípios.
Ontem, por ocasião do Dia Internacional da Mulher, o ministro
Humberto Costa (Saúde) anunciou o planejamento familiar como uma das diretrizes da sua pasta. Questionado sobre uma possível reação da Igreja Católica, que
condena métodos contraceptivos
"não-naturais", Costa afirmou
que sua responsabilidade é com a
saúde pública.
"Nossa preocupação deve ser
com a saúde pública, com a saúde
da mulher, com o direito de opção", afirmou o ministro.
Costa disse que o governo respeita as determinações da igreja.
"Respeitamos totalmente a visão
da igreja e seus princípios, mas
como autoridades de saúde pública nossa preocupação deve ser
com a saúde da população."
Presídios e Febem irão entrar
no planejamento familiar por
meio da ação de agentes municipais da saúde. Assessores do ministro Costa afirmaram que ele já
está negociando com as prefeituras, a quem esses agentes são ligados, para que eles visitem cadeias
e unidades da Febem.
Esses agentes irão fazer palestras e explicar como funcionam
os métodos contraceptivos, entre
eles os femininos, já que muitos
presos e adolescentes infratores
são casados. Quem se interessar
por determinado método contraceptivo, poderá recebê-lo. No caso dos adolescentes de ambos os
sexos, eles terão acompanhamento redobrado, afirmaram assessores do ministro da saúde.
Violência
Ainda ontem, o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) anunciou que irá regulamentar em breve a lei 10.778/2003, que obriga os
hospitais da rede pública e privada que atenderem mulheres vítimas de violência a reportar o caso
à Vigilância Sanitária. A lei havia
sido sancionada no dia 24 de novembro para marcar o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher.
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