São Paulo, sexta-feira, 09 de abril de 2004

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Para policiais, Garotinho deveria ser substituído

DA SUCURSAL DO RIO

As declarações do secretário de Segurança Pública, Anthony Garotinho, que anteontem disse ter sido "induzido ao erro" pela Polícia Civil ao apresentar Jossiel Conceição dos Santos como assassino dos Stahelis, repercutiu mal nas entidades de classe ligadas à corporação.
Para o presidente do Sindicato Estadual dos Policiais Civis, Fernando Bandeira, o secretário "não entende nada de segurança pública". "Garotinho fez isso para se proteger e aparecer para a mídia", afirmou.
Bandeira disse que a posição do secretário passa para a impressão de que a Polícia Civil não investiga os crimes direito.
O presidente da Adepol (Associação dos Delegados de Polícia), Wladimir Reale, afirmou que Garotinho usou a Polícia Civil como "bode expiatório".
Ele disse que, devido a sua vida político-partidária, Garotinho deveria se afastar e ser substituído pelo subsecretário, Marcelo Itagiba que, segundo Reale, é um policial experiente.
Segundo o diretor do Núcleo dos Policiais Civis, Cláudio Cruz, Garotinho "faz política com a segurança pública".
Em nota oficial de anteontem, o chefe da Polícia Civil, Álvaro Lins, disse que Garotinho "mantém com a classe policial as melhores relações". A nota dizia que a chefia "tem pelo secretário respeito, admiração e, acima de tudo, gratidão por tudo que ele fez pela classe".


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