São Paulo, quarta-feira, 09 de abril de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

10 podem ter seqüestrado filho de Mauricio

O único suspeito que foi preso só providenciava os cativeiros e os homens que vigiavam as vítimas, segundo a polícia

Segundo a polícia, a quadrilha age no Vale do Paraíba em crimes como tráfico de drogas; foi o primeiro seqüestro do grupo

FÁBIO AMATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

A Polícia Civil de São José dos Campos (91 km de SP) investiga a participação de pelo menos outras nove pessoas no seqüestro do filho do quadrinista Mauricio de Sousa, Marcelo, 9, da mãe do menino, Marinalva, 39, e do filho dela de dois anos, Vitor Hugo.
Os três ficaram por 18 dias em cativeiro e foram libertados na noite de domingo. Eles estavam em uma casa humilde ao pé da serra do Mar, em São Sebastião, litoral norte do Estado.
Até ontem, Peterson Nascimento da Silva, 23, era o único suspeito de envolvimento no seqüestro que havia sido preso.
Foragido desde fevereiro, Silva foi detido em um posto de combustíveis de São José dos Campos no domingo e levou a polícia ao cativeiro.
De acordo com o delegado Leon Ribeiro, da Deas (Delegacia Especializada Anti-Seqüestro) de São José dos Campos, a participação de Silva no crime foi ter providenciado os cativeiros e os vigias das vítimas.
Ribeiro não detalhou como a polícia chegou até Silva nem quais são as provas contra ele. O delegado não soube informar se o suspeito, preso no CDP (Centro de Detenção Provisória) de São José dos Campos, tem advogado.
"Ele [Silva] não ficava no cativeiro nem tinha contato com as vítimas. Só arrumou a casa e as pessoas", disse. Segundo o delegado, a quadrilha age na região do Vale do Paraíba, em crimes como o tráfico de drogas.

Aniversário no cativeiro
Marinalva Pereira dos Santos, ex-mulher de Mauricio de Sousa, contou ontem que o filho Vitor Hugo passou o aniversário no cativeiro. O menino completou dois anos em 26 de março, sétimo dia do seqüestro.
Segundo Santos, Marcelo chegou a pedir que cantassem "parabéns para você" para Vitor, mas ela não permitiu, pois temia que os seqüestradores se irritassem com o barulho. "O Marcelo e eu falamos: "Coitado do Vitor, está fazendo aniversário em um cativeiro". Ainda bem que ele não entende."
A família fará uma viagem ao Santuário Nacional de Aparecida (SP) para agradecer pelo fim do seqüestro.


Texto Anterior: Há 50 Anos
Próximo Texto: Infância: Menino de 3 anos é achado na madrugada na rodovia Dutra
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.