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10 podem ter seqüestrado filho de Mauricio
O único suspeito que foi preso só providenciava os cativeiros e os homens que vigiavam as vítimas, segundo a polícia
Segundo a polícia, a quadrilha age no Vale do Paraíba em crimes como tráfico de drogas; foi o primeiro seqüestro do grupo
FÁBIO AMATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
A Polícia Civil de São José
dos Campos (91 km de SP) investiga a participação de pelo
menos outras nove pessoas no
seqüestro do filho do quadrinista Mauricio de Sousa, Marcelo, 9, da mãe do menino, Marinalva, 39, e do filho dela de
dois anos, Vitor Hugo.
Os três ficaram por 18 dias
em cativeiro e foram libertados
na noite de domingo. Eles estavam em uma casa humilde ao
pé da serra do Mar, em São Sebastião, litoral norte do Estado.
Até ontem, Peterson Nascimento da Silva, 23, era o único
suspeito de envolvimento no
seqüestro que havia sido preso.
Foragido desde fevereiro, Silva foi detido em um posto de
combustíveis de São José dos
Campos no domingo e levou a
polícia ao cativeiro.
De acordo com o delegado
Leon Ribeiro, da Deas (Delegacia Especializada Anti-Seqüestro) de São José dos Campos, a
participação de Silva no crime
foi ter providenciado os cativeiros e os vigias das vítimas.
Ribeiro não detalhou como a
polícia chegou até Silva nem
quais são as provas contra ele.
O delegado não soube informar
se o suspeito, preso no CDP
(Centro de Detenção Provisória) de São José dos Campos,
tem advogado.
"Ele [Silva] não ficava no cativeiro nem tinha contato com
as vítimas. Só arrumou a casa e
as pessoas", disse. Segundo o
delegado, a quadrilha age na região do Vale do Paraíba, em crimes como o tráfico de drogas.
Aniversário no cativeiro
Marinalva Pereira dos Santos, ex-mulher de Mauricio de
Sousa, contou ontem que o filho Vitor Hugo passou o aniversário no cativeiro. O menino
completou dois anos em 26 de
março, sétimo dia do seqüestro.
Segundo Santos, Marcelo
chegou a pedir que cantassem
"parabéns para você" para Vitor, mas ela não permitiu, pois
temia que os seqüestradores se
irritassem com o barulho. "O
Marcelo e eu falamos: "Coitado
do Vitor, está fazendo aniversário em um cativeiro". Ainda
bem que ele não entende."
A família fará uma viagem ao
Santuário Nacional de Aparecida (SP) para agradecer pelo fim
do seqüestro.
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