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Clínica particular terá vacina antigripe na semana que vem
Fabricante conseguiu aprovação da Anvisa para disponibilizar doses na rede privada
Vacina é diferente da usada
pelo governo na campanha
nacional e imuniza contra
três tipos de gripe; cada
aplicação custará R$ 80
MÁRCIO PINHO
DA REPORTAGEM LOCAL
A vacina contra a gripe suína
começa a chegar a clinicas particulares na semana que vem,
segundo o laboratório Solvay
Pharma, fabricante que pertence à Abbott e é o único que já
conseguiu aprovação da Anvisa
(Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para disponibilizar sua vacina na rede privada.
O preço médio será de R$ 80,
segundo clínicas ouvidas pela
Folha que já programam para
iniciar as aplicações na próxima semana. É o caso da Vaccin,
da Clínica Faster e da Pró Vacina, todas de São Paulo. Não há
um dia exato para o início.
A vacina é diferente da usada
pelo Ministério da Saúde na
campanha nacional. A dose
adotada pelo governo é a monovalente -protege apenas
contra a gripe suína. Já as clínicas terão doses trivalentes, que
imunizam também contra dois
vírus da gripe comum.
Essa proteção mais abrangente é uma das vantagens da
vacina tríplice apontada por
Novartis e Sanofi, que esperam
autorização da Anvisa para
também vender seus produtos.
Esses fabricantes afirmam
ainda que a OMS (Organização
Mundial da Saúde) recomenda
a vacina contra as três gripes.
Disponível
Segundo o ministério, a monovalente era a disponível no
mercado em outubro, quando
iniciou a compra das doses.
Nas clínicas particulares,
pessoas que não estão na campanha oficial poderão buscar a
imunização. Recebem doses do
ministério grávidas, pessoas
entre 20 e 39 anos, crianças até
dois anos e doentes crônicos,
entre outros grupos de risco.
O preço médio de R$ 80 a ser
desembolsado é composto do
valor máximo do medicamento
determinado pela Anvisa (R$
44,11 ou pouco menos, dependendo do ICMS do Estado) e do
serviços cobrado pela clínica
pela aplicação, conservação do
produto, armazenamento etc.
Para a infectologista da Unifesp Nancy Bellei, a dose pode
ser importante para crianças
maiores de dois anos e adolescentes -não incluídos na campanha. Segundo ela, a incidência da doença foi alta nesse grupo em 2009 (16% dos casos).
Pessoas que costumam ficar
bastante tempo em locais fechados com aglomerações -no
metrô, por exemplo- também
deveriam se vacinar, diz ela.
O Fleury diz que ainda não
têm previsão para disponibilizar a vacina para seus clientes.
Delboni e Lavoisier não responderam à ligação da Folha.
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