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CASO SEAN
Menino só voltará se juiz dos EUA ordenar, afirma advogado do pai
DA SUCURSAL DO RIO
Um julgamento do Supremo Tribunal Federal ainda
sem data para ocorrer vem
causando polêmica entre os
advogados envolvidos na disputa por Sean Goldman, 9.
Ricardo Zamariola, advogado do americano David
Goldman, pai de Sean, disse
ontem que o menino só retornará ao Brasil se a Justiça
americana assim decidir, independentemente da posição do Judiciário brasileiro.
Segundo Zamariola, pela
Convenção de Haia sobre sequestro internacional de menores, é a Justiça do país de
residência habitual da criança que deve decidir sobre a
guarda. "Esse menor só volta
ao Brasil por ordem de um
juiz americano", afirmou.
Para Sergio Tostes, que representa o padrasto e os avós
brasileiros de Sean, "é impensável que a grande democracia do mundo ocidental
deixe de cumprir aquilo que
a Justiça brasileira decidir".
A polêmica ocorre porque,
apesar de a liminar do STF
ter ordenado a volta de Sean
ao Brasil, há ainda recursos
aguardando julgamento. A
própria liminar, do ministro
Gilmar Mendes, ainda precisa ser analisada pelos demais
integrantes do Supremo.
Em nota, Sergio Tostes
disse que a posição de Zamariola "representa um desrespeito tanto à soberania da
Justiça brasileira quanto aos
princípios internacionais de
respeito a decisões judiciais".
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