São Paulo, sábado, 09 de abril de 2011

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PM diz que não divulgou ligação de testemunha

Em telefonema para o 190, mulher narrou homicídio atribuído a policiais em cemitério na Grande São Paulo

Em nota, Polícia Militar diz que está apurando o autor do vazamento; mulher declarou que se sente traída por agentes


DO "AGORA"

A Polícia Militar negou ontem, em nota, que tenha divulgado o áudio da ligação feita para o 190 pela testemunha que narrou o assassinato de Dileone Lacerda Aquino, 27, no cemitério das Palmeiras, em Ferraz de Vasconcelos (Grande São Paulo).
Suspeitos do crime, ocorrido em 12 de março, os soldados Ailton Vital da Silva, 37, e Filipe Daniel Silva, 28, do 29º Batalhão, estão presos.
A nota da PM foi divulgada um dia após a publicação de entrevista feita pela reportagem com a autora da ligação. Ela diz sentir-se traída pela Corregedoria da corporação, que prometeu preservá-la como testemunha protegida.
A mulher reclamou que o áudio foi divulgado sem distorcer a voz dela, o que a colocaria em risco. "A Corregedoria da PM prometeu me preservar e eu acreditei."
A nota da PM afirma que, "esse áudio não saiu do Copom (Centro de Operações da Polícia Militar) nem do Comando da instituição" e que o caso será investigado.
Só anteontem, 26 dias após a ligação para o 190, o juiz da 2ª Vara Criminal do Fórum da Comarca de Ferraz de Vasconcelos, Márcio Nunes, recebeu cópia do áudio. Ele enviou naquele dia a fita para o Instituto de Criminalística, pedindo transcrição.
No último dia 5, a promotora Mariana Apparício Guimarães ainda não tinha cópia do áudio nem ouvido a autora da ligação. Na mesma data, ela pediu a transcrição da fita e diligências para localizar e ouvir a testemunha.
No dia 4 de abril, quando o áudio vazou para a imprensa, a Justiça e o Ministério Público não tinham cópia do áudio e não sabiam quem era a autora da ligação.


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