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Justiça do RS solta atropelador de ciclistas de prisão preventiva
Ricardo Neis é acusado de tentativa de homicídio de 17 pessoas
GRACILIANO ROCHA
DE PORTO ALEGRE
O funcionário do Banco
Central Ricardo Neis, atropelador confesso de um grupo
de ciclistas em Porto Alegre,
deixou ontem o Presídio Central da capital gaúcha.
A 3ª Câmara Criminal do
Tribunal de Justiça do Rio
Grande do Sul concedeu habeas corpus ao servidor.
O bancário saiu do presídio por volta das 14h30 e evitou falar com a imprensa.
Neis estava preso desde o dia
11 de março.
O motorista é réu em ação
penal sob acusação de ter
tentado matar 17 ciclistas que
participavam de uma pedalada em 25 de fevereiro.
Para a Promotoria, os crimes foram agravados porque
ele, ao acelerar o carro contra
o grupo, atingiu as vítimas de
costas, não permitindo oportunidade de defesa.
A acusação também considera fúteis os motivos do crime e que Neis expôs ao perigo outras pessoas que estavam na rua.
Com o habeas corpus, Neis
responderá ao processo em
liberdade, mas continuará
sem poder dirigir.
Sua carteira de motorista
foi suspensa no mês passado
na mesma decisão judicial
que determinou sua prisão. A
defesa de Neis não apresentou pedido para restabelecer
a habilitação.
O desembargador Odone
Sanguiné, relator do habeas
corpus no Tribunal de Justiça, decidiu que mantê-lo preso por causa da "indignação
social ante as imagens veiculadas" equivaleria à "antecipação de pena" e violaria a o
princípio da presunção de
inocência.
Os outros dois desembargadores da Câmara Criminal
seguiram o voto do relator.
Na sua defesa, Neis afirma
que acelerou o carro contra
os ciclistas para proteger a si
mesmo e a seu filho de um
suposto linchamento.
O Ministério Público não
informou se pretende recorrer da decisão.
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