São Paulo, sábado, 09 de abril de 2011

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Justiça do RS solta atropelador de ciclistas de prisão preventiva

Ricardo Neis é acusado de tentativa de homicídio de 17 pessoas

GRACILIANO ROCHA
DE PORTO ALEGRE

O funcionário do Banco Central Ricardo Neis, atropelador confesso de um grupo de ciclistas em Porto Alegre, deixou ontem o Presídio Central da capital gaúcha.
A 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul concedeu habeas corpus ao servidor.
O bancário saiu do presídio por volta das 14h30 e evitou falar com a imprensa. Neis estava preso desde o dia 11 de março.
O motorista é réu em ação penal sob acusação de ter tentado matar 17 ciclistas que participavam de uma pedalada em 25 de fevereiro.
Para a Promotoria, os crimes foram agravados porque ele, ao acelerar o carro contra o grupo, atingiu as vítimas de costas, não permitindo oportunidade de defesa.
A acusação também considera fúteis os motivos do crime e que Neis expôs ao perigo outras pessoas que estavam na rua.
Com o habeas corpus, Neis responderá ao processo em liberdade, mas continuará sem poder dirigir.
Sua carteira de motorista foi suspensa no mês passado na mesma decisão judicial que determinou sua prisão. A defesa de Neis não apresentou pedido para restabelecer a habilitação.
O desembargador Odone Sanguiné, relator do habeas corpus no Tribunal de Justiça, decidiu que mantê-lo preso por causa da "indignação social ante as imagens veiculadas" equivaleria à "antecipação de pena" e violaria a o princípio da presunção de inocência.
Os outros dois desembargadores da Câmara Criminal seguiram o voto do relator.
Na sua defesa, Neis afirma que acelerou o carro contra os ciclistas para proteger a si mesmo e a seu filho de um suposto linchamento.
O Ministério Público não informou se pretende recorrer da decisão.


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