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Verba de 97 teria sido transferida
da Reportagem Local
O promotor da Infância e da Juventude do Ministério Público de
São Paulo, Maurício Antonio Ribeiro Lopes, acusou ontem a prefeitura de ter transferido dinheiro
do orçamento de 97 da educação
para a saúde e para a previdência.
Segundo ele, do R$ 1,3 bilhão
que o município afirma ter investido na educação -que, segundo
a prefeitura, equivale a 30,49% da
receita-, R$ 385 milhões foram
gastos em assistência e previdência, e R$ 14 milhões em saúde e
saneamento. Os números, diz ele,
foram retirados dos balancetes da
Secretaria das Finanças.
Segundo o promotor, a lei não
permite as transferências realizadas em 97 pela prefeitura. "Essas
atividades definitivamente não estão relacionadas ao desenvolvimento do ensino, como determina a Lei de Diretrizes e Bases", diz.
A LDB estabelece o que pode e o
que não pode ser incluído nos gastos com a educação. O texto da lei
diz que "não constitui despesa de
manutenção e desenvolvimento
do ensino aquela realizada com
pessoal docente (...), quando em
desvio de função ou em atividade
alheia à manutenção e desenvolvimento do ensino".
"Os aposentados não realizam
atividades que promovam desenvolvimento do ensino", afirma
Lopes. "Se a CPI realmente funcionar, os resultados mostrarão
que também em 97 não foram gastos 30% da receita com educação",
diz. O prefeito Celso Pitta afirma
que a CPI irá provar que seus investimentos foram corretos.
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