JULIO ABRAMCZYK
As técnicas empregadas na cirurgia plástica podem promover mudanças do contorno corporal. Esta alteração na aparência influencia a imagem que a pessoa tem de si mesma. E, quando a intervenção apresenta bons resultados, melhora a auto-estima.
Nos últimos anos, questionários medindo a qualidade de vida foram introduzidos na prática médica americana. Um deles, a escala de Rosenberg, analisa a auto-estima, que, por estar associada à auto-imagem, tornou-se uma das formas para avaliar o resultado da cirurgia plástica.
Na Escola Paulista de Medicina, da Unifesp, o médico Gal Moreira Dini teve aprovada a sua tese de doutorado sobre a aplicação do questionário em pacientes submetidos à lipoaspiração.
O objetivo do trabalho foi verificar se o questionário -traduzido, adaptado ao nosso meio e associado a outro questionário para ansiedade, depressão e qualidade de vida- seria realmente útil. O resultado da adaptação foi denominado "escala de auto-estima Rosenberg/Unifesp-EPM".
Moreira Dini observou, por meio dos questionários -aplicados antes e seis meses após a cirurgia-, grande melhora nos aspectos emocionais, de saúde mental, vitalidade e vida social desses pacientes, associado a um aumento da auto-estima e à diminuição da ansiedade e da depressão após a lipoaspiração.