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LOCALIZAÇÃO COLORIDA
Cidade será dividida em nove áreas com sinalização de cores diferentes
Cor de placa de rua indicará região
DA REPORTAGEM LOCAL
As tradicionais placas azuis
com os nomes das ruas da cidade
vão mudar. São Paulo será dividida em nove regiões e cada uma terá placas com cores diferentes.
A ordem será definida a partir
de um mapa da SPTrans, a empresa que gerencia o transporte
coletivo da capital. Isto é, as placas
deverão ter a mesma cor dos ônibus em cada região.
A zona sul, onde ficam os bairros de Jabaquara e Campo Limpo,
será azul clara. A zona oeste, onde
ficam Pinheiros e Butantã, laranja. Já o centro da cidade terá a cor
branca (veja mapa nesta página).
Além das cores, haverá outras
mudanças. Em vez de ter o nome
inteiro escrito na placa, muitas
ruas e alamedas ganharão inscrições com seus "apelidos", como já
ocorre em grandes avenidas. O
nome completo permanecerá na
parte de baixo das placas.
Um exemplo é o da rua Corifeu
de Azevedo Marques, perto da
Universidade de São Paulo. Com
a nova placa, a inscrição em letras
grandes trará o nome Corifeu.
As placas serão cobertas por
uma película reflexiva, que permite ao motorista ver o nome da
rua com mais nitidez durante a
noite e a uma distância de mais de
cem metros. No canto inferior das
placas estará a distância da rua em
relação à praça da Sé, o marco zero de São Paulo.
"Vamos dar um padrão à cidade para facilitar o deslocamento
dos pedestres e dos motoristas.
Quando o turista ou mesmo o cidadão que mora na capital virem
as placas coloridas, saberão em
que região de São Paulo estão e a
qual distância do centro se encontram", afirma Regina Monteiro,
diretora de Meio Ambiente e Paisagem Urbana da Emurb (Empresa Municipal de Urbanização).
O projeto da prefeitura paulistana deve começar a ser implantado
no segundo semestre. "Vamos começar pelo centro histórico, cujas
placas ficaram abandonadas nos
últimos anos", diz Monteiro.
As primeiras 2.100 placas serão
afixadas nas praças da Sé e República. Terão fundo branco e letras
pretas.
Nova publicidade
A segunda etapa dependerá de
duas licitações que estão sendo
preparadas e vão mudar toda a
publicidade feita hoje no mobiliário urbano de São Paulo.
O prefeito Gilberto Kassab
(PFL) pediu a assessores que estudem meios de reduzir a veiculação de anúncios publicitários na
cidade. Ele avalia que o descontrole do setor provoca uma poluição visual muito grande.
Até outubro de 2005, uma empresa -a Plamarc- tinha um
contrato de exclusividade com a
prefeitura para a instalação e manutenção de 36 mil das 136 mil
placas de rua da cidade, o que incluía também a veiculação de
anúncios em postes que prendem
as placas em esquinas.
O contrato acabou, e os postes
estão desde então sem publicidade. Neste ano, a prefeitura pretende manter os postes sem anúncios. Mas abrirá uma licitação para que a partir de 2007 empresas
particulares se responsabilizem
pela publicidade nas placas de rua
e também no restante do mobiliário urbano, como pontos de ônibus, lixeiras e sanitários públicos.
Até o ano passado, o município
ficava com 10% da receita com
publicidade dos postes -cerca de
R$ 150 mil por mês.
Com a nova regulamentação, a
prefeitura espera aumentar o faturamento, reduzindo o número
de locais onde poderá ser feita a
publicidade e elevando o preço
unitário de cada anúncio.
Júlio Albieri Neto, sócio-gerente
da Plamarc, empresa que deteve a
exclusividade das placas por 27
anos na cidade, diz que vai aguardar o edital da prefeitura para decidir se concorrerá ao serviço no
novo modelo. "Se for factível, temos interesse", afirmou.
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