São Paulo, domingo, 09 de junho de 2002

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PLANTÃO

Obesidade e pouco exercício criam problemas ao coração

JULIO ABRAMCZYK

Uma vacina pode evitar uma doença transmissível. Da mesma forma, alertar e educar a população para afastar fatores de risco de danos nas artérias coronárias faz a sua prevenção. Cerca de 20% dos infartados com coronárias gravemente comprometidas têm morte súbita; 40% nos primeiros 30 dias.
Vários países já identificaram a prevalência dos fatores de risco para as coronárias em suas populações. No Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, o médico Iseu Gus e colaboradores do Serviço de Epidemiologia (Airton Fischmann e Cláudio Medina) efetuaram um levantamento sobre a frequência desses fatores na população do Estado do Rio Grande do Sul.
A pesquisa, publicada nos "Arquivos Brasileiros de Cardiologia", mostra como os gaúchos estão sujeitos aos fatores de risco: 60% da população, de todas as idades, tem vida sedentária (não pratica exercícios); pouco mais de 54% da população tem excesso de peso; 33,9% são fumantes e 15% são hipertensos.
Como o percentual de portadores de fatores de risco aumenta com a idade, os autores alertam para a necessidade de medidas preventivas pelo progressivo aumento do número de idosos no Brasil. A consequência será um maior número de doentes do coração na população com o passar dos anos.
Iseu Gus e colaboradores observam ainda que a doença das coronárias é a quinta causa de morte em todo o mundo. E passará a ser a primeira, se nada for feito para a sua prevenção. Citando pesquisa de P. A. Lotufo, lembram que no Brasil ocorrem 300 mil mortes anuais por doença cardíaca. Praticamente 820 por dia.
E-mail - julio@uol.com.br


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