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Ato fecha acesso ao
HC de Ribeirão Preto
ADRIANA MATIUZO
FREE-LANCE PARA A FOLHA RIBEIRÃO
Cerca de cem pessoas do movimento grevista do Hospital das
Clínicas de Ribeirão Preto (SP) invadiram ontem o hospital durante uma passeata e bloquearam a
principal via de acesso ao prédio
pela rua Catão Roxo. Durante a
movimentação, havia pacientes
em macas nos corredores. O HC
completa hoje 30 dias de greve.
Com o protesto, a distância
mais próxima do hospital a que os
carros chegavam era de 500 m de
manhã. Ambulâncias, carros particulares e ônibus ficaram presos
em um congestionamento próximo ao Centro de Medicina Legal.
Alguns pacientes chegaram a
subir a pé pelo trecho que é de declive acentuado. Outros chegaram a esperar por mais de uma
hora pela liberação da pista.
A polícia de trânsito foi acionada e recomendou aos motoristas
que buscassem a entrada pela
avenida do Café por meio da USP,
que, apesar de ter sido fechada na
segunda-feira pela greve da universidade, estava aberta. Após o
bloqueio, os servidores seguiram
para o HC, onde fizeram uma
passeata em meio aos pacientes.
O superintendente do HC, Milton Roberto Laprega, 55, considerou o bloqueio da rua "antiético"
e disse que não vai mais aceitar piquetes. "Se eles querem protestar,
têm direito, mas não de tentar impedir o paciente de chegar ao hospital. Da próxima vez, eu vou chamar a polícia", disse Laprega.
Ele ainda chamou de "absurdo"
o fato de pacientes terem subido a
rua a pé até o hospital. Laprega
afirmou que teria uma reunião de
advertência ao comando de greve.
A respeito dos pacientes nas
macas, Laprega disse que a espera
nos corredores é comum e que
desconhece atendimento nas macas. Já a presidente da associação
dos servidores, Aimar Lúcia Maria Finotti, disse que médicos têm
feito triagem de urgências nos
corredores devido a sobrecarga.
Há casos de pacientes atendidos
em bancos de espera, segundo ela.
Ulysses Strogoff de Matos, diretor da Amahc (associação de médicos), disse desconhecer o atendimento em macas.
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