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PM vai investigar possíveis abusos em ato na Paulista
Protesto anteontem terminou com 142 detidos
DO "AGORA"
A Polícia Militar instaurou
um inquérito para apurar possível excesso de alguns policiais
durante um protesto feito por
punks na tarde de anteontem.
A manifestação, contra a reunião na Alemanha do G8 (grupo
dos sete países mais industrializados do mundo mais a Rússia), foi na avenida Paulista (região central da capital) e terminou em pancadaria.
Vidraças de três agências
bancárias, de um McDonald's e
de um quiosque ficaram danificadas. Ontem, algumas das
agências tiveram fachadas
substituídas. No Sudameris, a
troca de 17 vidraças custaria
cerca de R$ 3.500. Não havia levantamento total do prejuízo.
O confronto entre manifestantes e policiais também causou correria no shopping Center 3, na avenida Paulista.
Do grupo de manifestantes,
142 foram detidos pela polícia e
liberados ainda anteontem.
Segundo a PM, não houve
confronto com os punks ou feridos, mas a versão foi contestada por pelo menos dez pessoas que participaram do protesto e chegaram ao 4º Distrito
Policial (Consolação) com ferimentos aparentes no rosto.
"Acho que meu nariz está quebrado", disse, anteontem, no 4º
DP, um estudante de 15 anos
com boca e nariz inchados.
Queixa
A Secretaria Estadual da Segurança Pública informou que
nenhum manifestante havia
dado queixa ontem. O único registro de lesão corporal foi feito
pelo repórter do "Agora" Fabiano Nunes, 34, agredido a golpes
de cassetete após se identificar
como jornalista.
No inquérito da Corregedoria da Polícia Militar, todos os
policiais da operação serão ouvidos nos próximos 20 dias. Se
nada for esclarecido, o Tribunal
da Justiça Militar assumirá a
investigação.
Perfil
Dos detidos anteontem, cerca de 20 eram menores de 18
anos. Os perfis eram similares:
estudantes (do ensino médio
ou universitários), de classe
média e boa formação cultural.
O último a ser liberado, Johni
Raoni Falcão Galanciak, 21, resistiu à detenção e foi contido
por cerca de dez policiais.
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