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Equipes resgatam corpos de 24 vítimas
FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
A Aeronáutica e a Marinha já
resgataram 24 corpos de vítimas do voo 447 da Air France.
O avião levava 228 pessoas.
A informação foi divulgada
na noite de ontem pelos militares envolvidos nas buscas.
Após terem divulgado o resgate de 17 corpos no fim de semana, a Marinha e a Aeronáutica corrigiram a informação ontem à tarde e reduziram para
16. À noite, com mais oito corpos, o número chegou a 24.
Os militares atribuíram o erro na conta à fragata francesa
Ventouse, que informou ter
resgatado oito corpos, e não sete, como constatado na transferência para o barco brasileiro.
O erro levou a Aeronáutica e
a Marinha a anunciarem, ontem, que só divulgarão o número de mortos que estiverem nos
navios brasileiros. Os franceses
foram orientados a entregar os
corpos que recolherem.
"Se necessário, em algum
momento esses navios franceses poderão se aproximar para
que os brasileiros retirem os
corpos", disse o assessor de imprensa da Aeronáutica, tenente-coronel Henry Munhoz.
"Amazônia azul"
A fragata Constituição, que
transporta 16 corpos, chega hoje de manhã à região de Fernando de Noronha (PE), a 900
quilômetros da área de buscas.
A embarcação vai ancorar a
cerca de 300 quilômetros do
arquipélago para que um helicóptero complete o transporte
até o aeroporto local.
Os corpos serão, então, catalogados e enviados de avião para Recife, para identificação
por peritos do IML (Instituto
de Medicina Legal) de Pernambuco e da Polícia Federal.
Os outros oito corpos recolhidos pela fragata Bosísio ainda serão levados a Noronha.
Munhoz comparou a operação de busca com a realizada
em 2006, no acidente com o
avião da Gol na Amazônia.
Segundo ele, na ocasião ninguém acreditava no resgate dos
154 corpos, o que foi feito. "Hoje temos outro desafio, muito
maior. Temos na "Amazônia
azul" 228 pessoas esperando
por nossa ajuda."
Dia e noite
Segundo os militares, os 14
aviões e cinco navios que estão
na área, localizada a 1.166 quilômetros de Recife, mantêm as
buscas dia e noite.
"Os navios navegam em um
mar de destroços", disse o assessor de imprensa da Marinha, capitão de fragata Giucimar Tabosa. "Centenas de objetos estão sendo recolhidos,
mas a prioridade é resgatar os
corpos", afirmou.
No local, a profundidade do
mar é de aproximadamente
3.500 metros. Um submarino
francês se aproxima da área para vasculhar a região, possivelmente a partir de quinta-feira.
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