São Paulo, quinta-feira, 09 de junho de 2011

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Ladrões roubavam Rolex nos Jardins e vendiam na Europa

Polícia prendeu anteontem uma quadrilha de relógios de luxo que eram revendidos por no mínimo R$15 mil

Esquema também tinha comissários de voo pagos para transportar mercadoria para os EUA e outros países


ANDRÉ CARAMANTE
DE SÃO PAULO

Uma das mais atuantes quadrilhas de ladrões de relógios de luxo que agia em bairros nobres da capital foi presa na noite de anteontem, em um bar do centro de SP.
Os acusados, segundo a polícia, cooptavam jovens menores de idade na periferia de Francisco Morato e Franco da Rocha, na Grande SP, e também de bairros pobres da capital para roubar.
Segundo o delegado Paul Henry Verduraz, as vítimas eram escolhidas após os presos monitorá-las e passar detalhes sobre cada uma aos menores, que recebiam motos e armas para atacar.
Em média, cada relógio de luxo rendia R$ 1.000 aos jovens ladrões. A quadrilha presa, por sua vez, os revendia por no mínimo R$ 15 mil.
Foi a partir desses jovens que a polícia chegou aos cinco presos anteontem por policiais do 15º DP (Itaim).

COMISSÁRIOS
A quadrilha usava um esquema que envolvia comissários de bordo contratados para transportar os relógios roubados para Europa, outros países da América do Sul e Estados Unidos.
Como esses relógios têm número de registro, o bando os revendia no exterior para dificultar o rastreamento.
A polícia investiga agora quem são os comissários que participavam das entregas e quanto recebiam do bando pelo serviço.
A investigação da quadrilha demorou três meses. Os cinco acusados já tinham passagens pela polícia por roubo de relógios. Eles foram presos em um bar na rua Senador Feijó, perto da praça da Sé.
O bar servia como base da quadrilha e era onde os relógios e as armas dos ataques eram escondidos.
Os ladrões atuavam havia ao menos três anos no Jardim Europa, Jardim América, Itaim Bibi e Jardins.
Em um dos ataques, três diretores de uma marca internacional de relógios foram roubados quando deixavam um shopping center na zona oeste da capital.
Existem modelos da marca Rolex, uma das mais procuradas pela quadrilha, com preços que variam entre R$ 10 mil a R$ 80 mil.


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