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Santa Casa de Belém afirma que 63 bebês morreram desde junho
Foram registradas nove mortes na instituição nos primeiros sete dias de julho
JOÃO CARLOS MAGALHÃES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM
Quase 20 dias após a revelação do problema envolvendo
mortes de recém-nascidos na
Santa Casa de Belém (PA), o
novo presidente do hospital divulgou ontem que 63 bebês
morreram na instituição desde
junho -54 no mês passado e
nove até o último dia 7.
Em nota do último dia 2, o
governo de Ana Júlia Carepa
(PT) disse que 253 dos 1.710 bebês internados na Santa Casa
de janeiro a junho deste ano
morreram -taxa de mortalidade de 14,8%. Em 2007, segundo
o governo, o índice foi de 16,2%.
Dados referentes a abril,
maio e junho de 2008 divulgados ontem pelo médico sanitarista Maurício Bezerra, que assumiu a presidência da Santa
Casa, mostram que o percentual de mortes no setor de neonatologia do hospital é crescente: 16,2%, 20,6% e 21,7%. Considerando apenas as mortes
ocorridas na UTI neonatal, o
índice de mortalidade é maior:
41% em maio e 56% em junho.
Bezerra disse que junho foi
um mês "atípico". Enumerou
fatores como superlotação, falta de médicos e deterioração da
estrutura física do prédio para
explicar os óbitos. "Uma causa
infecciosa também não está excluída", afirmou.
O médico reclamou da ausência de R$ 6,1 milhões pedidos em 2007 ao Ministério da
Saúde, que incluíam R$ 1,5 milhão para a neonatologia.
A pasta informou que já liberou R$ 1 milhão para a compra
de equipamentos. Outros R$
200 mil mensais serão repassados ao Estado para contratar
leitos na rede privada.
Colaborou a Sucursal de Brasília
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