São Paulo, sexta-feira, 09 de julho de 2010

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Modelo atual está defasado, dizem empresas

DE SÃO PAULO

Os planos de saúde e os hospitais privados afirmam que o atual modelo de remuneração está ultrapassado e se baseia apenas em quantidade, não em qualidade.
No novo modelo, a proposta é que os planos levem em conta indicadores de qualidade. Hoje, muitos hospitais passam por avaliações (acreditação ou certificação).
Empresas independentes checam vários itens, como taxa de infecção hospitalar e capacitação de funcionários, e propõem mudanças.
A Anahp (Associação Nacional dos Hospitais Privados) defende que hospitais que ofereçam maior segurança ao paciente ganhem mais.
"O conceito de performance que defendemos é o da qualidade, baseada em indicadores de qualidade assistencial, não da quantidade", afirma Sergio Bento, que representa a Anahp no grupo montado pela ANS.

MÉDICOS
Para os médicos, a questão é mais complexa porque não há consenso sobre quais indicadores avaliariam um bom profissional. Nos Estados Unidos e na Inglaterra, são levados em conta itens como resolutividade e satisfação do doente.
Arlindo de Almeida, presidente da Abramge (associação que representa parte do setor de planos de saúde), afirma que pagar por desempenho é mais eficiente.
De acordo com Almeida, um quarto dos exames solicitados pelos médicos não é buscado. "Não se mede eficiência pelo número de exames. Um exame tem de ser pedido diante de uma suspeita razoável. Você pede mil exames e aí o papel vai falar o que o paciente tem", afirma.
Almeida reconhece, porém, que em muitas situações é difícil mensurar qualidade porque as patologias evoluem de maneira diferente em cada caso, da mesma forma que os pacientes. "Não vai ser possível padronizar tudo", diz.


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