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Modelo atual está defasado, dizem empresas
DE SÃO PAULO
Os planos de saúde e os
hospitais privados afirmam
que o atual modelo de remuneração está ultrapassado e
se baseia apenas em quantidade, não em qualidade.
No novo modelo, a proposta é que os planos levem em
conta indicadores de qualidade. Hoje, muitos hospitais
passam por avaliações (acreditação ou certificação).
Empresas independentes
checam vários itens, como
taxa de infecção hospitalar e
capacitação de funcionários,
e propõem mudanças.
A Anahp (Associação Nacional dos Hospitais Privados) defende que hospitais
que ofereçam maior segurança ao paciente ganhem mais.
"O conceito de performance que defendemos é o da
qualidade, baseada em indicadores de qualidade assistencial, não da quantidade",
afirma Sergio Bento, que representa a Anahp no grupo
montado pela ANS.
MÉDICOS
Para os médicos, a questão
é mais complexa porque não
há consenso sobre quais indicadores avaliariam um
bom profissional. Nos Estados Unidos e na Inglaterra,
são levados em conta itens
como resolutividade e satisfação do doente.
Arlindo de Almeida, presidente da Abramge (associação que representa parte do
setor de planos de saúde),
afirma que pagar por desempenho é mais eficiente.
De acordo com Almeida,
um quarto dos exames solicitados pelos médicos não é
buscado. "Não se mede eficiência pelo número de exames. Um exame tem de ser
pedido diante de uma suspeita razoável. Você pede mil
exames e aí o papel vai falar o
que o paciente tem", afirma.
Almeida reconhece, porém, que em muitas situações é difícil mensurar qualidade porque as patologias
evoluem de maneira diferente em cada caso, da mesma
forma que os pacientes. "Não
vai ser possível padronizar
tudo", diz.
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