São Paulo, segunda-feira, 09 de agosto de 2010

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Professor não acredita que Gol desrespeite limite

DE SÃO PAULO

O professor de engenharia de transportes da UFRJ Respício Espírito Santo Jr. acha difícil acreditar que as companhias estejam fazendo com que seus tripulantes voem além do permitido por lei, como denunciado na última semana pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas.

Folha - Qual a sua avaliação sobre os problemas na Gol? Respício Espírito Santo Jr - Até que provem o contrário, houve um grande erro da empresa. Mas também pode ter falta de fiscalização da Anac.

As empresas voam no limite em termos de tripulação?
Não acredito. Acho que operam dentro do limite. Ninguém está ali para perder dinheiro, muito menos para jogar roleta contra a segurança. E sem dúvida a Gol perdeu dinheiro.

O sr. não acredita que os tripulantes estejam trabalhando além do que o permitido?
É difícil acreditar que empresas sérias de países como o Brasil joguem protocolos de segurança no lixo e atentem contra a vida de funcionários e clientes. Se isso algum dia ocorreu, é um crime grave. E se o órgão regulador não detectou, também está incorrendo em crime de responsabilidade.

Pilotos insatisfeitos afetam a segurança?
Qualquer profissional insatisfeito tem rendimento menor. Em aviação, o rendimento, a atenção e o comprometimento devem ser sempre os maiores possíveis.

A Anac se omitiu?
Se as denúncias forem verdadeiras e estiverem comprometendo a segurança, é problema da Anac. Não há transparência nas supostas investigações da agência.


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