FELIPE CARUSO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Como missionária da Congregação das Irmãs Estigmatinas Franciscanas, Anna Maria Del Balzo queria ir ao encontro dos estigmas do povo na África.
Recebera o nome religioso irmã Agostina, em homenagem a santo Agostinho, e, em 1978, veio da Itália para o Brasil com o objetivo de formar as noviças da ordem.
Após alguns meses na residência da congregação, em São Paulo, queria ir além da teoria de ajuda aos necessitados que ensinava em sala.
Em 1979, mudou-se para um barraco na favela ao lado do autódromo de Interlagos, na zona sul da capital.
No início, ajudava a comunidade trazendo alimentos e remédios. Montou cursos de bordado, crochê, datilografia, corte e costura.
Fundou uma creche para cuidar das crianças cujos pais precisavam trabalhar durante o dia.
Em pouco tempo, tornou-se uma liderança na comunidade e articulou moradores e órgãos do poder público para resolver os problemas locais.
Conseguiu melhorias no saneamento básico e fez um mutirão para a construção de 40 casas, praticamente acabando com os barracos de madeira da favela.
Em 1986, fundou oficialmente o Centro Comunitário Jardim Autódromo e expandiu sua atuação. Ao todo, ajudou a criar 16 núcleos na zona sul de SP, que atendem hoje quase 4.000 pessoas.
Filha de Francesco e Sofia, nasceu em Nápoles, na Itália. Formou-se em psicopedagogia e entrou para a vida religiosa em 1961. Morreu no dia 31 de julho, aos 71, em SP, em decorrência de uma infecção pulmonar.

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