São Paulo, terça-feira, 09 de agosto de 2011 |
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Vereadores agora querem "desaprovar" dia do hétero PT e PSDB se articulam para pedir veto a lei JOSÉ BENEDITO DA SILVA DE SÃO PAULO PT e PSDB se articulam para convencer o prefeito Gilberto Kassab (PSD) a vetar o projeto que cria o Dia do Orgulho Heterossexual, aprovado na Câmara paulistana há menos de uma semana. Juntos, eles têm 18 dos 55 votos -para manter um veto, são necessários 19. O gesto do prefeito tornou peça-chave para resolver a crise política iniciada após a aprovação da proposta, do vereador Carlos Apolinario (DEM). A aprovação foi simbólica -em tese, de toda a Casa, já que não há o voto individual. Na prática, os dois partidos têm responsabilidade na aprovação. O PT podia ter pedido votação nominal e abriu mão. O PSDB se omitiu. A militância gay cobrou. Hoje, os líderes dos dois partidos -Italo Cardoso (PT) e Floriano Pesaro (PSDB)- se reúnem com entidades LGBT para discutir como impedir que o projeto vire lei. A saída mais à mão é convencer Kassab a vetar. Mas há outra opção: Kassab não veta nem sanciona e o projeto volta ao Legislativo para sanção automática -a Câmara não pode vetar projeto que ela mesmo aprovou. Com isso, a alternativa restante seria votar outro projeto revogando a lei, o que seria embaraçoso para a Câmara. O presidente, José Police Neto (sem partido), que é contra o Dia do Orgulho Hétero, diz que irá à reunião, mas que não pode pedir a Kassab que vete projeto aprovado pela Casa que preside. "Não faz nenhum sentido." A Câmara optou pela votação simbólica para tentar encerrar um impasse que vinha se arrastando desde junho. Parte da Casa -PT à frente- não queria votar o projeto de Apolinario, que, em represália, obstruía as votações. Na quarta-feira passada, o líder do PT jogou a toalha. Aceitou não pedir votação nominal e só manifestou a contrariedade da bancada. Os tucanos não fizeram o mesmo. Segundo Pesaro, a bancada estava desmobilizada, pois naquele dia só havia previsão para decidir projetos em primeira votação, o que não era o caso da proposta. RIDÍCULO Em entrevista ao programa "Hebe" (RedeTV), o governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse ontem que considera o projeto "ridículo". "Você faz isso [criar um dia] para defender uma minoria que está sendo discriminada. O heterossexual não está sendo discriminado." Colaborou AGUIRRE TALENTO Texto Anterior: Foco: Carreta cai de sete metros de altura e motorista sobrevive Próximo Texto: Grande São Paulo tem ar impróprio em 70% do ano Índice | Comunicar Erros |
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