DA REPORTAGEM LOCAL

O vereador eleito Humberto Martins (PDT) contou com o apoio da comunidade evangélica cristã Paz e Vida para se eleger, com 21.220 votos.
Aos 41 anos, administrador de vendas de lojas em shoppings, ele frequenta um templo em Santana (zona norte de São Paulo), mas buscou o apoio da comunidade evangélica na cidade inteira.
Martins conta que entrou no PDT há cinco anos, por causa do evangélico Francisco Rossi, que seria candidato a prefeito de São Paulo. Hoje, Rossi está no PPB.
O vereador eleito credita ao deputado estadual Gilberto Nascimento (PMDB), que frequenta a mesma igreja, parte de seus votos.
Martins não se define ideologicamente nem adianta qual será sua atuação na Câmara Municipal. "O importante não é ser de esquerda ou de direita. O que importa é fazer um trabalho sério. Tanto a direita quando a esquerda têm propostas boas."
Na última quinta-feira, o vereador eleito disse à Folha que já havia recebido dois convites para mudar de partido. "Não tenho interesse. O PDT confiou em mim e eu tenho que retribuir", afirmou.
Ele não diz se pretende apoiar um eventual governo de Marta Suplicy. "Dependo do partido. O que o Batochio (José Roberto Batochio, presidente estadual do PDT) decidir, está acatado."
Sobre a possibilidade de apoiar um eventual governo de Paulo Maluf (PPB), ele diz: "Pretendo apoiar qualquer projeto sério, que vá beneficiar a população".
Uma frase enérgica resume o que Martins pretende da sua atuação: "Não existe rebeldia nenhuma, o que existe é submissão".



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