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POLÍCIA
Nino, integrante do grupo Katinguelê, não pagava o benefício havia meses; valor acumulado chega a R$ 10 mil
Pagodeiro não paga pensão a filho e é preso
Miro Ferreira - 13.set.00/"Diário Popular"
José Roberto Lopes Ferreira, o Nino (à esq.), e os outros membros do grupo de pagode Katinguelê
DA FOLHA ONLINE
O pagodeiro do grupo Katinguelê, José Roberto Lopes Ferreira, o Nino, está preso desde sábado, em São Paulo, sob a acusação
de não ter pago a pensão alimentícia de seu filho de 4 anos.
O advogado do artista tentava
liberá-lo ainda ontem. Ele já entrou com pedido de liminar para
soltar Nino. A pensão soma aproximadamente R$ 10 mil. Segundo
informações de amigos, ele deixa
a cadeia hoje.
Processo
A criança é registrada em nome
do pai na comarca de Santo André, na Grande São Paulo. A mãe e
Nino não são casados.
A pensão alimentícia para a
criança estava atrasada havia meses. O mandado de prisão contra
o músico data de junho.
O motivo do atraso da pensão
seriam dificuldades financeiras
do músico. O grupo Katinguelê
passa por uma crise já há alguns
meses, com a queda da venda de
discos.
Em caso de não-pagamento, é
primeiro enviado ao devedor
uma notificação. Depois, é emitido um mandado de prisão de 60
dias, se continuar deixando de pagar a pensão.
Ele não era encontrado todo esse tempo. Segundo o delegado
Ailton Camargo Braga, o músico
não ficava muito tempo em seu
apartamento em Vila Ema, São
Paulo, por causa das constantes
viagens a trabalho.
Desta vez, a polícia procurou o
pagodeiro no endereço, no sábado de manhã.
O músico e a família não quiseram se manifestar.
Cela
O pagodeiro está no 81º Distrito
Policial, situado no bairro do Belém, em São Paulo.
O delegado de plantão, Ailton
Camargo Braga, informou que
Nino está dividindo uma das quatro celas do distrito com mais 35
presos.
Isto significa que cada cela tem,
no mínimo, oito presos. No entanto algumas estão mais lotadas
do que outras, e a polícia não revelou qual é a situação da do pagodeiro.
Nino foi detido na tarde de sábado. Há contra ele um mandado
de 60 dias de prisão.
Segundo Braga, o 81º DP é um
distrito usado basicamente para
abrigar presos administrativos (o
não-pagamento de pensão alimentícia é um dos casos passíveis
desse tipo de punição).
No momento da prisão, Nino
foi acompanhado ao 81º DP por
familiares e pelo seu empresário.
Ontem, ele recebeu uma visita da
sua mãe e da irmã.
Colaborou "Agora São Paulo" e "Notícias
Populares"
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