São Paulo, segunda-feira, 09 de outubro de 2006

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Vazamento de óleo diesel atinge represa de São José do Rio Preto

Moradores terão abastecimento de água prejudicado por causa do acidente

CÍNTIA ACAYABA
DA AGÊNCIA FOLHA

Cerca de cem mil moradores de São José do Rio Preto (440 km a noroeste de SP) estão com o abastecimento de água prejudicado por causa de um vazamento de óleo diesel na represa da cidade. A situação só deve se normalizar na quinta-feira.
No início da tarde de anteontem, um caminhão-tanque, que presta serviços para a Petrosul Distribuidora Transp. Com. Combustível Ltda, tombou na alça de acesso que liga a BR-153 à rodovia Washington Luís, SP-310, e derramou 34 mil litros de diesel, do total de 44 mil que o veículo transportava.
Segundo a Polícia Rodoviária Estadual, o motorista, que não se feriu, dirigia em alta velocidade, perdeu o controle, não conseguiu fazer a curva no km 436 da SP-310 e tombou no acostamento.
A reservatório municipal de água está a dois quilômetros do local do acidente, mas o líquido do caminhão vazou por uma canaleta e atingiu o córrego que desemboca em um dos três lagos da represa.
Depois do tombamento, que ocorreu por volta das 13h, cerca de 60 pessoas do Semae (Serviço Municipal Autônomo de Água e Esgoto), Polícia Militar, Polícia Ambiental e Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) iniciaram os trabalhos para conter o vazamento.

Danos
O óleo diesel atingiu aproximadamente 100 mil litros de água, do córrego e da represa, que já foram retirados.
Com 75 hectares e capacidade para 1 milhão e 300 mil metros cúbicos de água, a represa municipal é responsável pelo abastecimento de 33% da cidade de São José do Rio Preto.
Segundo Waldo Villani Júnior, engenheiro e técnico do Semae, a represa ficará interditada até quinta-feira e parte da água dos poços artesianos, responsáveis por 67% do abastecimento da cidade, será deslocada para os imóveis com fornecimento comprometido.
Um caminhão equipado com bombas de hidrovácuo demorou 12 horas para sugar o diesel. Uma barreira de 300 metros foi instalada no lago para evitar que o óleo se dissipe.
De acordo com o técnico do Semae, a possibilidade de contaminação da população é nula.
"Os piores estragos causados pelo óleo diesel ocorrem no sistema de distribuição, porque ele "gruda" nos filtros de tratamento de água e causa forte odor", afirmou.
Para ele, o impacto ambiental foi menor do que se esperava. "Apesar de ainda não termos um relatório com o impacto, sabemos que poucos peixes morreram", completou Villani.


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