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Vazamento de óleo diesel atinge represa de São José do Rio Preto
Moradores terão abastecimento de água prejudicado por causa do acidente
CÍNTIA ACAYABA
DA AGÊNCIA FOLHA
Cerca de cem mil moradores
de São José do Rio Preto (440
km a noroeste de SP) estão com
o abastecimento de água prejudicado por causa de um vazamento de óleo diesel na represa
da cidade. A situação só deve se
normalizar na quinta-feira.
No início da tarde de anteontem, um caminhão-tanque, que
presta serviços para a Petrosul
Distribuidora Transp. Com.
Combustível Ltda, tombou na
alça de acesso que liga a BR-153
à rodovia Washington Luís, SP-310, e derramou 34 mil litros de
diesel, do total de 44 mil que o
veículo transportava.
Segundo a Polícia Rodoviária
Estadual, o motorista, que não
se feriu, dirigia em alta velocidade, perdeu o controle, não
conseguiu fazer a curva no km
436 da SP-310 e tombou no
acostamento.
A reservatório municipal de
água está a dois quilômetros do
local do acidente, mas o líquido
do caminhão vazou por uma canaleta e atingiu o córrego que
desemboca em um dos três lagos da represa.
Depois do tombamento, que
ocorreu por volta das 13h, cerca
de 60 pessoas do Semae (Serviço Municipal Autônomo de
Água e Esgoto), Polícia Militar,
Polícia Ambiental e Cetesb
(Companhia de Tecnologia de
Saneamento Ambiental) iniciaram os trabalhos para conter o
vazamento.
Danos
O óleo diesel atingiu aproximadamente 100 mil litros de
água, do córrego e da represa,
que já foram retirados.
Com 75 hectares e capacidade para 1 milhão e 300 mil metros cúbicos de água, a represa
municipal é responsável pelo
abastecimento de 33% da cidade de São José do Rio Preto.
Segundo Waldo Villani Júnior, engenheiro e técnico do
Semae, a represa ficará interditada até quinta-feira e parte da
água dos poços artesianos, responsáveis por 67% do abastecimento da cidade, será deslocada para os imóveis com fornecimento comprometido.
Um caminhão equipado com
bombas de hidrovácuo demorou 12 horas para sugar o diesel.
Uma barreira de 300 metros foi
instalada no lago para evitar
que o óleo se dissipe.
De acordo com o técnico do
Semae, a possibilidade de contaminação da população é nula.
"Os piores estragos causados
pelo óleo diesel ocorrem no sistema de distribuição, porque
ele "gruda" nos filtros de tratamento de água e causa forte
odor", afirmou.
Para ele, o impacto ambiental foi menor do que se esperava. "Apesar de ainda não termos um relatório com o impacto, sabemos que poucos peixes
morreram", completou Villani.
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