|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Polícia investiga policial que diz saber de Rolex
Relógio roubado de Luciano Huck foi o mote de carta de investigador à Folha; ele prestou depoimento
KLEBER TOMAZ
DA REPORTAGEM LOCAL
A Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo vai investigar
um policial que teve sua carta
publicada no Painel do Leitor
da Folha, no dia 2, dizendo saber onde está o relógio Rolex
roubado do apresentador Luciano Huck e que não o recuperaria pois ganha pouco para
trocar tiros com criminosos.
Em sua carta, o investigador
Roger Franchini, do 36º DP, no
Paraíso (zona sul), diz que os
policiais que combatem o crime "sabemos onde está o "Rolex roubado" do Luciano
Huck". Ele afirma que não irá
procurar o relógio pois recebe
um salário-base de R$ 568,29.
Segundo o delegado-corregedor Francisco Campos, Franchini terá de se explicar.
"Se ele sabe onde está o Rolex do Huck, deveria apreender
o material ou comunicar seus
superiores onde ele está."
O texto de Franchini é uma
crítica ao artigo "Pensamentos
quase Póstumos", de Huck, que
saíra um dia antes, no Tendências/Debates, da Folha.
Huck conta no artigo que poderia ter morrido no assalto.
Franchini também critica o
governador José Serra (PSDB)
por manter a polícia paulista
na "miséria há 14 anos" e afirma que, para sustentar a família, faz "bico" -o que é proibido. "Ele denegriu a imagem da
sua instituição", disse Campos.
O policial prestou depoimento
e admitiu ter escrito a carta. Se
punido, pode ser advertido,
suspenso ou demitido. O policial não quis se pronunciar.
Leia a íntegra da carta do policial
Texto Anterior: Chefe da Anac não sai, e Solange vai para secretaria Próximo Texto: Parques autorizam quem paga mais a furar a fila Índice
|