São Paulo, terça-feira, 09 de outubro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Polícia investiga policial que diz saber de Rolex

Relógio roubado de Luciano Huck foi o mote de carta de investigador à Folha; ele prestou depoimento

KLEBER TOMAZ
DA REPORTAGEM LOCAL

A Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo vai investigar um policial que teve sua carta publicada no Painel do Leitor da Folha, no dia 2, dizendo saber onde está o relógio Rolex roubado do apresentador Luciano Huck e que não o recuperaria pois ganha pouco para trocar tiros com criminosos.
Em sua carta, o investigador Roger Franchini, do 36º DP, no Paraíso (zona sul), diz que os policiais que combatem o crime "sabemos onde está o "Rolex roubado" do Luciano Huck". Ele afirma que não irá procurar o relógio pois recebe um salário-base de R$ 568,29.
Segundo o delegado-corregedor Francisco Campos, Franchini terá de se explicar.
"Se ele sabe onde está o Rolex do Huck, deveria apreender o material ou comunicar seus superiores onde ele está."
O texto de Franchini é uma crítica ao artigo "Pensamentos quase Póstumos", de Huck, que saíra um dia antes, no Tendências/Debates, da Folha.
Huck conta no artigo que poderia ter morrido no assalto.
Franchini também critica o governador José Serra (PSDB) por manter a polícia paulista na "miséria há 14 anos" e afirma que, para sustentar a família, faz "bico" -o que é proibido. "Ele denegriu a imagem da sua instituição", disse Campos. O policial prestou depoimento e admitiu ter escrito a carta. Se punido, pode ser advertido, suspenso ou demitido. O policial não quis se pronunciar.


Leia a íntegra da carta do policial

Texto Anterior: Chefe da Anac não sai, e Solange vai para secretaria
Próximo Texto: Parques autorizam quem paga mais a furar a fila
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.