Garoto pode ter atirado em colega na escola

AFONSO BENITES
DE SÃO PAULO

O laudo do Instituto de Criminalística confirmou que a mochila do garoto suspeito de ter atirado acidentalmente no estudante Miguel Cestari Ricci dos Santos, 9, foi lavada antes de ser entregue à polícia. O documento foi entregue ontem à Polícia Civil.
Com isso, aumentam as suspeitas dos investigadores de que a família dele tenha tentado fraudar possíveis provas que confirmariam a versão de que o menino atirou no colega de sala.
Miguel morreu no último dia 29, após ser atingido por um tiro na Escola Adventista de Embu (Grande SP).
Antes de indiciar os pais do garoto, a polícia procura a arma. O pai do menino diz que não tem arma e que o filho dele não atirou no colega.
Os policiais agora aguardam autorização da Justiça para que um psicólogo forense interrogue o garoto suspeito. A ideia é que o profissional descubra, de maneira lúdica, se a criança já teve contato com armas e se foi ela quem atirou em Miguel.
O mesmo IC já tinha constatado que a sala de aula onde Miguel foi baleado tinha sido lavada antes da chegada da polícia ao local. Os investigadores ainda apuram os responsáveis pela limpeza -que poderão ser indiciados por fraude processual.
A escola nega que tenha limpado a sala. As aulas foram suspensas e só retornaram na terça-feira.
Conforme a assessoria do colégio, os alunos que precisarem terão acompanhamento psicológico.


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