|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Obra suspenderá ao menos 20% dos voos em Cumbica
Reformas nas pistas do aeroporto internacional em Guarulhos causará interdições de março a agosto de 2011
Corte proposto pelo governo chegou a 50%, dizem empresas aéreas, que temem que ocorram cancelamentos de voos
ANDRÉA MACIEL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O aeroporto internacional
de Cumbica, em Guarulhos
-o mais movimentado do
país-, vai suspender ao menos 20% de seus voos entre
março e agosto de 2011 por
conta da reforma e da ampliação das pistas.
Ainda não está definido
para onde os voos irão.
O cronograma provisório
prevê que a pista principal fique 54 dias completamente
interditada e 82 dias com interdição parcial, incluindo
julho, mês de férias escolares. O aeroporto tem uma segunda pista, de 3 km.
Hoje, o limite por hora é de
45 pousos e decolagens, mas
pode chegar a 36, na previsão
mais otimista -a das companhias aéreas, que relutam em
fazer um corte mais amplo.
"Seria uma queda de nove
movimentos por hora, daria
para administrar a situação",
diz Ronaldo Jenkins, diretor
do Snea (Sindicato Nacional
das Empresas Aeroviárias).
A discussão partiu de um
corte muito maior, proposto
por órgãos ligados ao governo: a redução do teto para 23
operações por hora -50% da
capacidade do aeroporto.
Se fosse confirmada, tal redução afetaria cerca de 1,25
milhão de passageiros por
mês, diz o Snea.
"Significaria um impacto
gigantesco. Quase inviabiliza a economia do país", afirma Robson Bertolossi, presidente da Jurcaib, entidade
que representa companhias
aéreas internacionais.
O aeroporto é o que mais
atrai estrangeiros no país
-6,7 milhões até agosto.
Bertolossi prevê "a necessidade de cancelamento de
voos" mesmo com corte de
20%. "Desviar é complicado", afirma, citando aeroportos saturados como Viracopos (Campinas), Galeão (Rio)
e Confins (Belo Horizonte).
Já aeroportos regionais,
como os de São José dos
Campos e Guarujá, não comportam, diz ele, grandes
aviões e voos internacionais.
A Infraero (estatal que administra aeroportos) considera improvável que haja
cancelamentos. Em relação à
transferência de voos, informou que aeroportos serão
consultados quanto à disponibilidade dos seus sistemas.
A redução é negociada
com empresas, Infraero,
Anac e Decea (controle do espaço aéreo).
Entre as obras está a construção de saídas rápidas
-atalhos entre a pista de
pouso e os pátios. O ponto
crítico, porém, é a troca do
asfalto da maior pista, de 3,7
km de extensão -para isso,
será necessário interditá-la.
Colaborou JOSÉ BENEDITO DA SILVA
Texto Anterior: Pirataria: Camelô vende filme de 2007 como se fosse "Tropa 2" Próximo Texto: Setor de turismo quer mudar período de obra no aeroporto Índice | Comunicar Erros
|