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Tremor atinge Goiás e Distrito Federal
Epicentro foi a 500 km de Brasília, no município de Mara Rosa; no DF, edifícios foram evacuados às pressas
Segundo Observatório Sismológico da UnB, tremor teve magnitude de 4,5; a mesma região foi atingida na terça
JOHANNA NUBLAT
DE BRASÍLIA
Um tremor de intensidade
4,5 foi registrado na divisa
entre Goiás e Tocantins, tendo sido sentido em diversos
pontos do Distrito Federal.
Segundo o Observatório
Sismológico da Universidade
de Brasília, o tremor ocorreu
na região de Mara Rosa (GO),
às 17h17 e foi seguido de um
abalo de menor intensidade.
Até o fechamento desta
edição, a profundidade do
abalo não havia sido determinada pelo observatório. O
USGS (Serviço Geológico dos
Estados Unidos) mediu o epicentro do tremor a cerca de
14 km abaixo do solo.
O prefeito de Mara Rosa,
Nilson Preto, afirmou à Folha que não há registro de feridos. Segundo ele, houve
clima de pânico e alguns prédios tiveram suas estruturas
abaladas e rachadas.
A cidade tem população
de pouco mais de 10 mil habitantes, segundo o IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e é formada por prédios de até dois
andares, segundo o prefeito.
A mesma região foi atingida por um sismo de intensidade 3,5 na terça-feira, dezenas de vezes menos intenso
que o de ontem, disse o diretor do observatório da Universidade de Brasília, professor George França.
De acordo com o professor
da UnB, novos tremores não
podem ser descartados.
Em Brasília, a percepção
do abalo fez com que centenas de pessoas deixassem
prédios na região central.
Alguns ministérios, autarquias e tribunais orientaram
a evacuação dos edifícios.
Até as portas de emergência
do Palácio do Planalto chegaram a ser destravadas e a
equipe de segurança foi alertada sobre procedimentos de
evacuação caso fosse necessário. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não estava
no prédio na hora do tremor.
Não foram registrados acidentes ou feridos no DF, afirma o Corpo de Bombeiros.
Cerca de 200 pessoas ligaram para a central dos bombeiros assustadas e atrás de
informações.
Relatos de rachaduras em
prédios foram registradas
pelos bombeiros no Plano Piloto (centro de Brasília) e em
Taguatinga, cidade-satélite
do DF.
Colaboraram CLAUDIO ANGELO e RUBENS VALENTE
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