DA REPORTAGEM LOCAL

Para Adolpho José Melfi, 64, candidato a reitor e atual vice-reitor da USP, a ampliação do número de vagas, a redução das taxas de evasão, a melhoria da infra-estrutura de ensino e a qualificação do pessoal otimizarão os recursos investidos pelo Estado.

Folha - Como transformar a universidade pública em uma instituição transparente?
Adolpho José Melfi - A universidade pública é transparente. Na USP, o seu anuário estatístico, divulgado à comunidade interna e a setores da sociedade, apresenta um retrato fiel da universidade. Portanto, não há que se falar em transformar, mas em como aperfeiçoar a transparência.

Folha - Como tornar o uso do dinheiro público mais eficiente?
Melfi - A autonomia concedida em 1989 às universidades públicas paulistas foi importante para o uso mais eficiente dos recursos públicos.
Na USP, os indicadores de desempenho no ensino, na pesquisa e na extensão mostram avanços nesses anos. Porém ações de ampliação do número de vagas, redução das taxas de evasão, melhoria da infra-estrutura de ensino e qualificação do pessoal otimizarão os recursos.

Folha - Qual deve ser a contribuição da USP no debate sobre o desenvolvimento do país?
Melfi - A USP já vem desempenhando importante papel na sociedade. Entretanto algumas ações poderiam promover maior crescimento, entre elas: apoio à participação de grupos de pesquisa em projetos de relevância social; estudos acadêmicos sobre a definição de políticas públicas para questões nacionais; incentivo a pesquisas em parceria com Estado e municípios.

Folha - As fundações são vistas como um processo de privatização da USP. O que o sr. acha disso?
Melfi - A discussão das fundações não diz respeito à sua existência, mas sim às regras da relação entre fundações e universidade. Não há risco de privatização, desde que os termos dessa relação sejam bem definidos, garantindo um alinhamento perfeito entre os objetivos da fundação e os objetivos acadêmicos da universidade.



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