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Em São Paulo, leptospirose é considerada doença endêmica
DA REPORTAGEM LOCAL
A leptospirose é uma doença
considerada endêmica na cidade
de São Paulo -ou seja, existe permanentemente. O CCZ (Centro
de Controle de Zoonoses) da prefeitura desconhece a quantidade
de ratos na capital.
Um mapa elaborado pela instituição mostra que bairros da zona
norte de São Paulo, como Santana, Tremembé, Jaçanã, Vila Guilherme e Tucuruvi, concentram o
maior número de casos da doença
(41 de 168), segundo números
preliminares do ano passado.
De acordo com Elisabete Aparecida da Silva, médica veterinária
da Divisão de Roedores do CCZ,
isso não quer dizer, no entanto,
que a área concentre o maior número de ratos. Os casos são provavelmente resultado das enchentes, já que a doença é contraída
por meio de contato da pele ferida
com a urina do animal, muitas vezes dispersa na água acumulada.
A maior concentração de casos
da doença ocorre entre janeiro e
março, período de maior quantidade de chuva na cidade.
Segundo a médica, a situação é
preocupante principalmente em
favelas, onde o sistema sanitário
deficiente contribui ainda mais
para o risco de infestação.
Esses locais são prioritários para
colocação de veneno. Mas são os
moradores de regiões nobres que
mais reclamam dos roedores. "É
uma população mais esclarecida.
Na periferia as pessoas têm contato com o rato e não vêem problema", afirma a veterinária.
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