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TRANSPORTE
Ficou definido no TRT que empresa pagaria atrasado
Pelo terceiro dia, 570 mil ficam sem ônibus na zona leste de SP
DA REPORTAGEM LOCAL
Pelo terceiro dia consecutivo,
570 mil passageiros ficaram sem
transporte público ontem na zona
leste da capital. Os motoristas e
cobradores do Consórcio Aricanduva, que opera 886 veículos de
três empresas de ônibus, entraram em greve devido ao não-pagamento dos salários de outubro.
Os grevistas das empresas Consórcio Trólebus Aricanduva, Expresso Paulistano e Viação América do Sul passaram a manhã e a
tarde protestando. Em um comboio de 40 ônibus, 350 manifestantes se dirigiram até a Secretaria
dos Transportes, na marginal Pinheiros. Depois, seguiram até a
prefeitura, causando lentidão.
À tarde, ficou definido no TRT
(Tribunal Regional do Trabalho)
que os empresários pagarão os salários atrasados e os funcionários
deveriam voltar ao trabalho à 0h
de hoje. Os motoristas dizem que
só trabalharão hoje se os pagamentos estiverem nas contas.
O presidente do sindicato da categoria, Edivaldo Santiago, afirmou ainda que vai fazer uma assembléia na segunda-feira para
decidir sobre uma provável greve
na semana que vem, da 0h às 8h,
em todas as viações, na terça ou
na quarta-feira. Um dos principais motivos da paralisação é a
falta de recolhimento do fundo de
garantia pelas empresas.
Desde quarta-feira, 56 ônibus
que a prefeitura usa no Paese
(Plano de Apoio entre Empresas
em Situações de Emergência) foram depredados pelos motoristas
em greve. A SPTrans (empresa
municipal que cuida do setor)
não consegue colocar em ação esse plano desde anteontem. Ontem de madrugada, foram avariados sete ônibus da Expresso São
Judas. O terminal São Mateus teve
que permanecer fechado.
O secretário municipal dos
Transportes, Carlos Zarattini, disse ontem que desconfia de que os
sindicalistas estejam recebendo
apoio das empresas de ônibus. O
Transurb (sindicato das empresas
de ônibus), por sua vez, diz apenas que está trabalhando no prejuízo, com um déficit de R$ 17 milhões por mês. Eles querem aumento de tarifa ou que a prefeitura volte a dar subsídios.
Segundo a SPTrans, os salários
atrasados dos motoristas serão
pagos pelas empresas por meio de
um empréstimo bancário e da remuneração do sistema que ficou
retida por causa da greve.
O vereador Dalton Silvano
(PSDB) deve entrar com requerimento na Câmara na próxima segunda para que uma auditoria do
Tribunal de Contas do Município
seja feita na conta do sistema administrado pela SPTrans.
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