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Dívida começou com ampliação da estrutura
DA REPORTAGEM LOCAL
A crise pela qual passa o
Incor começou com a ampliação do hospital, aponta
uma auditoria feita pelo Ministério Público estadual. A
nova ala, conhecida como
bloco 2, foi inaugurada em
2000 e custou R$ 95 milhões
(valores da época).
A constatação é compartilhada tanto pela gestão anterior da Fundação Zerbini
quanto pela atual da entidade e do Incor. As justificativas, porém, são divergentes.
O presidente do conselho
curador da Zerbini à época,
José Ramires, diz que o então governador Geraldo
Alckmin (PSDB) não repassou cerca de R$ 100 milhões
à entidade, valor que teria sido acordado entre as duas
partes, principalmente para
bancar a obra. A equipe tucana nega ter deixado dívida.
A atual direção da fundação, em oposição a José Ramires, defende que houve má
gestão do antigo dirigente ao
construir a ala. "Eles sempre
têm de jogar nas costas de alguém", diz Ramires.
Segundo dados divulgados
ontem pelo conselho curador da fundação, em 1999
(antes da obra) a entidade teve superávit e conseguiu destinar R$ 9,4 milhões a aplicações financeiras. Um ano depois, devido à obra, a fundação já não possuía mais essa
"folga" e ainda precisou tomar um empréstimo.
"O que tenho certeza é que
a ampliação foi um erro estratégico", disse o promotor
de fundações Airton Grazzioli. "A fundação, que é privada, construiu em um terreno público. Agora, toda aquela estrutura [na zona oeste]
pertence ao Estado." O bloco
2 foi erguido em uma área do
governo estadual.
A atual gestão também critica a construção do Incor de
Brasília na gestão de Ramires, apontando ainda que o
Congresso, demandante da
obra, não passou recursos
suficientes, contribuindo para o endividamento do Incor
de SP. A fundação decidiu separar as despesas operacionais das unidades.
(FT e FL)
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