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Governo Lula recua e Congonhas terá vôos mais longos nas férias
De 1º de dezembro a 15 de março, aeroporto poderá operar com vôos que percorram até 1.500 km de ponto a ponto
Aeroporto terá vôos para mais 22 cidades de 3 Estados (Mato Grosso, Tocantins e Bahia); governador Jaques Wagner (PT-BA) elogiou
JOHANNA NUBLAT
MARIA LUIZA RABELLO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo Lula recuou em
mais uma medida relacionada
ao setor aéreo. O Ministério da
Defesa anunciou ontem à noite
que vai autorizar excepcionalmente vôos mais longos partindo ou chegando a Congonhas,
zona sul de São Paulo, durante
o período de férias.
Do dia 1º de dezembro ao dia
15 de março do próximo ano,
Congonhas poderá operar com
vôos que percorram até 1.500
km, ponto a ponto. A regra
atual, que entrou em vigor há
menos de 40 dias, permite vôos
de 1.000 km no máximo.
Com a mudança, o aeroporto
passará a ter vôos para mais 22
cidades de três Estados -Mato
Grosso, Tocantins e Bahia.
A regra atual passou a valer
no dia 1º do mês passado e foi
criticada pelas companhias aéreas, que pediram ao ministro
Nelson Jobim que a restrição
fosse alterada para permitir
vôos com até 1.500 km.
A determinação de limitar os
vôos foi tomada após o acidente
com o avião da TAM, em 17 de
julho deste ano, quando 199
pessoas morreram após a aeronave não conseguir parar no final da pista e se chocar contra o
prédio da TAM Express.
Na época, Jobim chegou a dizer que restringiria em até 40%
os vôos de Congonhas. Depois,
acabou limitando-os em 21,2%.
O anúncio foi feito por meio
de uma nota oficial, que não explicou a razão das mudanças.
Segundo o Ministério da Defesa, "a decisão não altera as
normas de segurança do aeroporto". Como há um limite de
peso das aeronaves para vôos
em Congonhas, o ministério informou que as empresas terão
que reduzir o número de passageiros ou bagagens já que vão
voar com mais combustível.
Ainda segundo o ministério,
as empresas terão até o dia 21
deste mês para se ajustarem.
Lobby
O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), que está em
Madri, disse, por meio de assessores, que Jobim "agiu com eficiência e sensibilidade". Segundo ele, "foi uma vitória para a
Bahia, que vinha perdendo divisas e visitantes". Wagner encaminhou no mês passado uma
carta a Jobim solicitando o fim
da medida que havia cancelado
28 vôos para a Bahia.
Outras medidas anunciadas
por Jobim nem sequer foram
executadas. Depois de determinar uma área de escape na
pista auxiliar de Congonhas, o
que impedia o uso por aeronaves maiores, a FAB (Força Aérea Brasileira) devolveu parte
da pista para pousos e decolagens. O estudo que definiria a
terceira pista de Cumbica, no
aeroporto de Guarulhos (SP),
não chegou a ser concluído.
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