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19 lotes de leite de 3 marcas são interditados
Análises indicam presença de substâncias fora dos padrões, como sódio, no leite longa vida integral de Calu, Centenário e Parmalat
Venda está proibida por 90 dias ou até que contraprovas atestem qualidade do produto; não há informações sobre riscos à saúde
RENATA BAPTISTA
DA AGÊNCIA FOLHA
A Vigilância Sanitária de Minas interditou ontem 19 lotes
de leite integral longa vida das
marcas Calu, Centenário e Parmalat, produzidos em Minas
Gerais, São Paulo e Goiás. No final de outubro, nove lotes das
mesmas marcas -três de cada- foram interditados pela
Anvisa por apresentarem teor
de alcalinidade ou de acidez diferente do permitido.
Segundo a vigilância mineira,
análises de amostras apontaram presença de substâncias
fora dos parâmetros aceitos pelos órgãos de fiscalização -como sódio, sacarose (açúcar) e
neutralizantes de acidez.
O sódio e a sacarose influenciam na durabilidade do leite.
Substâncias que podem alterar
a alcalinidade, como neutralizantes de acidez, são adicionadas para reduzir a proliferação
de bactérias.
A venda dos produtos está
proibida por 90 dias ou até que
eventuais contraprovas atestem sua qualidade.
As 19 amostras foram coletadas em Uberaba (494 km de
BH), por determinação do Ministério Público Federal, em 24
de outubro. Elas foram analisadas pela Fundação Ezequiel
Dias, laboratório estatal. Havia
problemas em todas.
Houve coleta apenas de Parmalat, Calu e Centenário, que
estão sob suspeita de usar leite
cru das cooperativas mineiras
Copervale e Casmil, acusadas
de adulteração.
Os três lotes da Parmalat representam 300 litros (caixas).
Não há dados sobre os demais.
Os 14 lotes da Centenário tiveram resultado insatisfatório
para sódio e alcalinidade das
cinzas (teste que mede neutralizantes de acidez). Em nove lotes, havia traços de sacarose.
Nos lotes da Parmalat, o resultado foi insatisfatório para
sódio e alcalinidade das cinzas.
Nos dois lotes da Calu, houve
irregularidade para sódio e alcalinidade das cinzas. Também
foram encontrados traços de
sacarose em uma das amostras.
O subsecretário de Vigilância
em Saúde de Minas, Luís Felipe
Caram, disse que ainda não é
possível determinar riscos do
consumo do leite à saúde.
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