São Paulo, sexta-feira, 09 de novembro de 2007

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19 lotes de leite de 3 marcas são interditados

Análises indicam presença de substâncias fora dos padrões, como sódio, no leite longa vida integral de Calu, Centenário e Parmalat

Venda está proibida por 90 dias ou até que contraprovas atestem qualidade do produto; não há informações sobre riscos à saúde

RENATA BAPTISTA
DA AGÊNCIA FOLHA

A Vigilância Sanitária de Minas interditou ontem 19 lotes de leite integral longa vida das marcas Calu, Centenário e Parmalat, produzidos em Minas Gerais, São Paulo e Goiás. No final de outubro, nove lotes das mesmas marcas -três de cada- foram interditados pela Anvisa por apresentarem teor de alcalinidade ou de acidez diferente do permitido.
Segundo a vigilância mineira, análises de amostras apontaram presença de substâncias fora dos parâmetros aceitos pelos órgãos de fiscalização -como sódio, sacarose (açúcar) e neutralizantes de acidez.
O sódio e a sacarose influenciam na durabilidade do leite. Substâncias que podem alterar a alcalinidade, como neutralizantes de acidez, são adicionadas para reduzir a proliferação de bactérias.
A venda dos produtos está proibida por 90 dias ou até que eventuais contraprovas atestem sua qualidade.
As 19 amostras foram coletadas em Uberaba (494 km de BH), por determinação do Ministério Público Federal, em 24 de outubro. Elas foram analisadas pela Fundação Ezequiel Dias, laboratório estatal. Havia problemas em todas.
Houve coleta apenas de Parmalat, Calu e Centenário, que estão sob suspeita de usar leite cru das cooperativas mineiras Copervale e Casmil, acusadas de adulteração.
Os três lotes da Parmalat representam 300 litros (caixas). Não há dados sobre os demais.
Os 14 lotes da Centenário tiveram resultado insatisfatório para sódio e alcalinidade das cinzas (teste que mede neutralizantes de acidez). Em nove lotes, havia traços de sacarose.
Nos lotes da Parmalat, o resultado foi insatisfatório para sódio e alcalinidade das cinzas.
Nos dois lotes da Calu, houve irregularidade para sódio e alcalinidade das cinzas. Também foram encontrados traços de sacarose em uma das amostras.
O subsecretário de Vigilância em Saúde de Minas, Luís Felipe Caram, disse que ainda não é possível determinar riscos do consumo do leite à saúde.


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