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Carlos Scholtão, um petista roxo
WILLIAN VIEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Se houve no Mato Grosso
um petista roxo, que decorasse a casa com bandeiras
vermelhas e fotos do presidente Lula - e que por este
estremecesse à menor crítica- , era o médico Carlos Alberto Castanho Scholtão.
Nascido em Londrina
(PR), Scholtão foi ser médico
no MT no fim dos anos 1970,
mas logo entrou na política.
Militante de esquerda desde
o colégio, viu no PT de Lula
"um caminho" para seu idealismo assumido.
O site do partido ao qual
foi filiado por 20 anos homenageia a quem "dedicou sua
vida na luta e na construção
de uma Sociedade Justa e
Igualitária" -assim, com
maiúsculas. A família diz que
"sua estrela sempre foi o Lula", e que por ele "era apaixonado". Em casa, livros, fotos
e folders do presidente permanecem em cada cômodo.
Scholtão foi dos primeiros
vereadores eleitos pelo PT
em Mato Grosso, ainda nos
anos 1980, em Peixoto Azevedo. Eleito para o cargo
duas vezes, era também presidente do partido em Sinop
(MT). E só -não ganhou nenhuma das outras muitas
eleições a que concorreu.
O apóio também incondicional à presidente do PT no
Estado, Serys Slhessarenko,
acusada pela CPI das Sanguessugas, deveria garantir
que continuasse dirigindo o
PT de Sinop. A eleição ocorreria em exatamente um mês
de quando ele morreu de infarto, almoçando, aos 54
anos. Era Dia de Finados.
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