São Paulo, sexta-feira, 09 de novembro de 2007

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Carlos Scholtão, um petista roxo

WILLIAN VIEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Se houve no Mato Grosso um petista roxo, que decorasse a casa com bandeiras vermelhas e fotos do presidente Lula - e que por este estremecesse à menor crítica- , era o médico Carlos Alberto Castanho Scholtão.
Nascido em Londrina (PR), Scholtão foi ser médico no MT no fim dos anos 1970, mas logo entrou na política. Militante de esquerda desde o colégio, viu no PT de Lula "um caminho" para seu idealismo assumido.
O site do partido ao qual foi filiado por 20 anos homenageia a quem "dedicou sua vida na luta e na construção de uma Sociedade Justa e Igualitária" -assim, com maiúsculas. A família diz que "sua estrela sempre foi o Lula", e que por ele "era apaixonado". Em casa, livros, fotos e folders do presidente permanecem em cada cômodo.
Scholtão foi dos primeiros vereadores eleitos pelo PT em Mato Grosso, ainda nos anos 1980, em Peixoto Azevedo. Eleito para o cargo duas vezes, era também presidente do partido em Sinop (MT). E só -não ganhou nenhuma das outras muitas eleições a que concorreu.
O apóio também incondicional à presidente do PT no Estado, Serys Slhessarenko, acusada pela CPI das Sanguessugas, deveria garantir que continuasse dirigindo o PT de Sinop. A eleição ocorreria em exatamente um mês de quando ele morreu de infarto, almoçando, aos 54 anos. Era Dia de Finados.


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