São Paulo, domingo, 09 de novembro de 2008

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Polícia de SP subirá no ranking, diz governo

Para o secretário de Gestão Pública, Sidney Beraldo, com os reajustes propostos aos policiais, salários ficarão melhores

Segundo Beraldo, receita per capita paulista é a 10ª do país, o que deixa claro o esforço do governo de valorizar as carreiras do Estado

DA REPORTAGEM LOCAL

O secretário responsável pelo controle da folha de pagamento do governo paulista, Sidney Beraldo (Gestão Pública), diz que o ranking de salários de delegados mostra que São Paulo já está quase dentro da média dos outros Estados. Segundo o secretário, com os reajustes propostos aos policiais, São Paulo subirá ainda mais no ranking e estará em posição compatível com sua capacidade financeira -receitas divididas pela população.

 

FOLHA - Como o sr. avalia a colocação do Estado no ranking?
SIDNEY BERALDO -
Ficamos na média, considerando a arrecadação per capita de São Paulo. Diferentemente do que se imagina, mesmo tendo o PIB mais alto, nossa receita per capita é a décima do país. Isso deixa claro o esforço do governo de valorizar as carreiras do Estado.

FOLHA - O que impede São Paulo de avançar mais?
BERALDO -
Em Estados mais novos, a folha de inativos é muito pequena. Nós temos uma folha de inativos muito pesada. Temos um déficit previdenciário de R$ 7 bilhões. E, ao contrário de outros Estados, a folha da Polícia Civil é vinculada à da Polícia Militar. E, se você dá aumento ao delegado, tem que dar ao coronel, ao praça. Tem que considerar que, nas regiões mais violentas, temos um número proporcional de policiais nos níveis de países desenvolvidos. Há 1 policial para 370 habitantes. Ainda temos o peso de, com 23% da população do país, termos 45% da população carcerária.

FOLHA - O governo atual herdou o peso da falta de reajustes em administrações passadas?
BERALDO -
Ficamos durante dez anos, antes de 2006, acima do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal. Isso foi determinante para que fosse criada a política de gratificações de menor impacto na folha. Mas agora os aumentos vêm contemplando todos os servidores.

FOLHA - Mas a crítica que os policiais fazem é que São Paulo já está bem abaixo desse limite e que há uma folga de caixa para aplicar nos salários?
SIDNEY BERALDO -
Quando se fala em limite, não é que ele deva ser atingido. E também temos receitas sazonais que este governo obteve e que não se repetirão nos próximos anos. Quando são feitas análises à luz da Lei de Responsabilidade Fiscal, deve-se projetar [os gastos] ao longo do tempo.

FOLHA - O que o governo planeja para os próximos anos?
SIDNEY BERALDO -
Ficamos um grande período de tempo limitados pela Lei de Responsabilidade Fiscal. E, na medida em que houve espaço, passamos a valorizar mais as carreiras, fomos fazendo correções, aumentando o salário-base, que é o importante, e ainda acabando com as gratificações. Vamos continuar trabalhando assim. É essa a nossa sinalização para o futuro.


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