São Paulo, quarta-feira, 09 de novembro de 2011

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Com escolta, traficante é atendido em posto de saúde

Rio apura circunstâncias em que Nem foi atendido em unidade na Rocinha

Para polícia, criminoso passou mal após consumo de drogas e álcool em 'festa de despedida' no morro

DO RIO

Escoltado por comparsas armados, o chefe do tráfico de drogas na favela da Rocinha (zona sul do Rio) recebeu atendimento médico num posto de saúde municipal na própria comunidade, na segunda-feira de manhã.
O caso envolvendo Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, 35, está sendo investigado pela Polícia Civil. "Há informações de que ele teria misturado drogas com álcool. Há outras informações, que para nós não procedem, de que teria sido um tiro acidental", afirmou o delegado Carlos Augusto Nogueira, da 15ª DP (Gávea).
Apontado como um dos chefes da facção ADA (Amigos dos Amigos), Nem controla a Rocinha desde novembro de 2005. Há nove mandados de prisão contra ele.
"Ele procurou socorro. As circunstâncias que envolveram esse socorro é que devem ser investigadas. Ele foi com muitas pessoas para lá, fortemente armado, e permaneceu muito pouco tempo no local", afirmou o policial. A Secretaria Municipal de Saúde não confirmou nem negou o atendimento. Informou apenas que a UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) funcionou normalmente.
O delegado trabalha com a hipótese de que Nem teve uma convulsão após misturar álcool com ecstasy durante festa na noite de domingo, uma espécie de despedida da favela, já que os traficantes decidiram deixar a comunidade após as notícias de uma possível operação policial.
A previsão é de que a ação aconteça no domingo, embora a Secretaria de Segurança Pública não confirme a data. O governo tem planos para para a instalação de uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) na região.


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