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PRISÃO EM GUARULHOS
Delegado proibiu celular
Vereadores estão em celas comuns
LILIAN CHRISTOFOLETTI
da Reportagem Local
Os três vereadores de Guarulhos, detidos na noite de anteontem, estão presos em celas separadas do 13º DP (Casa Verde). Cada
um divide a cela com outros 15
homens, em um espaço recomendado para cinco pessoas.
Ontem, às 9h, quando saíram
para o banho de sol, eles receberam frutas, água, dois colchonetes
e dois ventiladores, além da visita
de médicos, advogados e assessores políticos.
Os telefones celulares, que haviam solicitado, foram barrados
pela polícia.
Todos os pedidos dos vereadores Fausto Martello, Waldomiro
Ramos e Oswaldo Celeste estão
sendo atendidos por um assessor
político de Martello, que disse que
vai fazer plantão na delegacia.
O assessor não quis ser identificado, mas afirmou que trabalha
há dois anos com Martello, de
quem é amigo há dez anos.
Desde anteontem, o assessor
entrou três vezes para conversar
com os parlamentares, que fizeram pedidos e mandaram recados aos familiares.
Segundo parentes, os vereadores estão deprimidos e não concordam com a prisão. Eles reclamaram do calor dentro da cadeia.
Martello, que tem 69 anos, teve
uma crise de hipertensão ontem
pela manhã e foi medicado na cadeia. Segundo amigos, ele está em
"estado de choque e deprimido".
Esses amigos, que estiveram ontem na delegacia, pediram à polícia sua transferência ou um atendimento especial, alegando que o
vereador tem problemas de saúde
e idade avançada para ficar preso.
O delegado plantonista Carlos
Biondi, que recebeu os familiares,
disse que os vereadores não terão
nenhuma "regalia" fora do comum.
"Eles estão sendo tratados como presos comuns. Aquilo que
puder entrar, como rádio, televisão, entra. Se for proibido, não
entra", disse o delegado.
Segundo Biondi, cerca de 40%
dos 80 presos do 13º DP possuem
nível superior. Os demais (60%)
são ex-funcionários públicos e ex-policiais, que cometeram crimes
em suas funções.
Os advogados dos parlamentares informaram ontem que estão
estudando as acusações e que pretendem entrar na Justiça com um
pedido de habeas corpus.
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