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Greve de motoristas prejudica 34 mil
da Reportagem Local
No segundo dia consecutivo da
greve de motoristas e cobradores
de ônibus de São Paulo, 34 mil
pessoas foram prejudicadas, segundo estimativa da SPTrans
(empresa que administra o transporte coletivo na cidade).
Funcionários de 5 das 54 empresas que operam na capital
paulista chegaram a parar em algum momento do dia, mas, no
início da noite, apenas 3 continuavam em greve -da Via Leste
(zona leste) -antiga Masterbus-, da AAL (zona oeste) e da
Parelheiros (zona sul).
O presidente do Sindicato dos
Condutores, Gregório Poço, informou que os empregados da
Parelheiros voltariam ao trabalho
ontem à noite. Os da Zeffir (zona
norte) e da São Judas (zona leste)
retornaram durante a manhã.
A Via Leste e a AAL não se pronunciaram ontem sobre quando
atenderão às reivindicações dos
seus funcionários.
Motoristas e cobradores querem o pagamento da primeira
parcela do 13º salário (que deveria
ter sido paga até o último dia 30) e
do salário do mês de novembro
(que completou ontem três dias
de atraso).
Anteontem, cerca de 1 milhão
de pessoas ficaram sem transporte por causa da paralisação parcial
dos motoristas e cobradores de 19
empresas, o que deixou 17%
(1.800) da frota de ônibus (10.400)
fora de circulação. O número máximo de veículos parados ontem
foi 354 -menos de 4% da frota.
Com o Paese (Plano de Assistência entre Empresas em Situações de Emergência), a SPTrans
chegou a acionar 167 ônibus extras para cobrir o transporte de algumas áreas da cidade.
No início da semana, o Transurb (sindicato patronal) informou que as empresas de ônibus
haviam conseguido empréstimos
bancários para pagar as dívidas e
que os depósitos estariam nas
contas dos funcionários até hoje.
Como as outras 52 empresas já
fizeram os pagamentos, o Transurb disse ontem que a questão
não é mais coletiva, mas localizada em duas viações.
Se os depósitos não forem feitos, os funcionários dessas empresas manterão a greve hoje.
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