São Paulo, Quinta-feira, 09 de Dezembro de 1999


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Para lojistas, protesto é pior

da Reportagem Local

Ruim com os camelôs nas ruas, pior com retirada e protestos. É assim que lojistas e vendedores da rua 25 de Março resumem os efeitos sobre a receita das lojas nos dias em que ocorrem desocupações e manifestações.
De acordo com eles, o movimento dos três primeiros dias desta semana ficou em média 25% abaixo do mesmo período da semana passada, quando os ambulantes estavam nas calçadas.
"O comprador acorda, liga a TV, vê que a guarda está de prontidão e que os ambulantes ameaçam fazer manifestações. Aí é simples: eles não vem para a 25 de Março", disse Raimundo Irineu, 50, gerente da Tecidos Salim & Daniel, uma loja que funciona há mais de 30 anos na 25 de Março e que, segundo Irineu, faturou 30% menos nesta semana.
A opinião é a mesma do vendedor Valtenir da Costa, 25, que trabalha na Importadora Papai, cujo faturamento foi 20% menor nos últimos dias. "Por enquanto, ainda não melhorou. Ao contrário: só perdemos, porque o cliente tem medo de conflito."
Todos acreditam, porém, que as vendas das lojas vão aumentar se a prefeitura conseguir retirar os camelôs definitivamente da rua e acabar com os protestos.
"Eles atraem clientes, mas também dividem clientes com a gente. Na balança, considerando que será mais fácil entrar nas lojas, acho que vai melhorar", afirmou a consultora Maria de Queiroz, 32, da loja Jamil Zahar. (SC)

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