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Para lojistas, protesto é pior
da Reportagem Local
Ruim com os camelôs nas ruas,
pior com retirada e protestos. É
assim que lojistas e vendedores da
rua 25 de Março resumem os efeitos sobre a receita das lojas nos
dias em que ocorrem desocupações e manifestações.
De acordo com eles, o movimento dos três primeiros dias
desta semana ficou em média
25% abaixo do mesmo período da
semana passada, quando os ambulantes estavam nas calçadas.
"O comprador acorda, liga a
TV, vê que a guarda está de prontidão e que os ambulantes ameaçam fazer manifestações. Aí é
simples: eles não vem para a 25 de
Março", disse Raimundo Irineu,
50, gerente da Tecidos Salim &
Daniel, uma loja que funciona há
mais de 30 anos na 25 de Março e
que, segundo Irineu, faturou 30%
menos nesta semana.
A opinião é a mesma do vendedor Valtenir da Costa, 25, que trabalha na Importadora Papai, cujo
faturamento foi 20% menor nos
últimos dias. "Por enquanto, ainda não melhorou. Ao contrário:
só perdemos, porque o cliente
tem medo de conflito."
Todos acreditam, porém, que as
vendas das lojas vão aumentar se
a prefeitura conseguir retirar os
camelôs definitivamente da rua e
acabar com os protestos.
"Eles atraem clientes, mas também dividem clientes com a gente. Na balança, considerando que
será mais fácil entrar nas lojas,
acho que vai melhorar", afirmou
a consultora Maria de Queiroz,
32, da loja Jamil Zahar.
(SC)
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