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São Paulo, terça-feira, 09 de dezembro de 2003

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CIDADANIA

Artesã tetraplégica divide asfalto com ônibus e carros

Com parcerias, prefeitura tenta melhorar acesso para deficientes

DA REPORTAGEM LOCAL

Um verdadeiro rali urbano é o que Zilda Roque, 47, artesã e voluntária do Conselho Municipal da Pessoa Deficiente, enfrenta todos os dias quando sai de casa.
Zilda, que é paraplégica, destaca entre os problemas enfrentados pelos deficientes físicos em São Paulo, a estrutura precária (calçadas esburacadas ou estreitas, falta de rampas e de guias baixas) e a falta de educação das pessoas. "Quase nunca há rampa e, quando há, se não estão quebradas, as pessoas estacionam carros e motos, obstruindo o acesso."
A maneira que encontrou para se locomover não é segura. Quando sai do Itaim Paulista, onde mora, ela disputa o asfalto com ônibus, carros e motos até chegar ao centro. Às vezes, Zilda cai. Mas não desiste. "Pela calçada não dá".
A cidade tem hoje apenas 15.000 rampas adaptadas, exigidas por legislação municipal e federal.
Ontem, a prefeita Marta Suplicy assinou um protocolo de parceria com seis associações empresariais para incentivar a melhoria das condições de acessibilidade (para deficientes físicos, visuais e auditivos) em seus empreendimentos.
A prefeitura vai intensificar o programa de rebaixamento de guias e receber rampas pré-fabricadas, que tem custo mais baixo (custam R$ 400 contra R$ 550 das convencionais). Além disso, em vez de três dias, as pré-fabricadas demoram um dia para ficarem prontas. Segundo o secretário-executivo da Comissão Permanente de Acessibilidade, Edson Passafaro, o investimento previsto para 2004 é de R$ 3 milhões.


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